A primeira temporada da Fórmula E, categoria de monopostos elétricos da FIA, terminou com o título do brasileiro Nelsinho Piquet, que ao conquistar 144 pontos em 11 provas superou os também ex-pilotos de Fórmula 1 Sébastien Buemi e Lucas di Grassi, vice-campeão e terceiro colocado, respectivamente. Conheça mais detalhes sobre o modelo utilizado na categoria.

As dez equipes da Fórmula E utilizam o mesmo monoposto: o Spark-Renault SRT_01E. O carro é o resultado de uma parceria entre a firma de engenharia francesa Spark Racing Technology e um consórcio que conta com empresas como a Dallara, McLaren Electronics System e Williams Advanced Engineering (do mesmo grupo da equipe de Fórmula 1).

O chassi e a carenagem, feitos em alumínio, kevlar e fibra de carbono, ficaram a cargo da italiana Dallara, enquanto as rodas de magnésio O.Z. de 18 polegadas estão calçadas com pneus Michelin
O propulsor, desenvolvido pela McLaren Electonics, desenvolve o equivalente a 272 cv. Em conjunto com uma transmissão manual sequencial de cinco velocidades, o monoposto acelera de 0 a 100 km/h em 3 segundos e atingir a velocidade máxima de 225 km/h.

Ao contrário dos carros de Fórmula 1, que aproveitam toda a cavalaria dos motores, os Fórmula E só aproveitam o rendimento máximo nos treinos livres e de classificação. Na corrida, a potência é reduzida a 205 cv, podendo subir para 246 cv com o uso do FanBoost (limitado a cinco segundo por carro).

Como nos carros elétricos de passeio atuais, um dos grandes problemas do Spark-Renault é a autonomia e o tempo de recarga, que nos Fórmula E é de 50 minutos. No lugar do pit stop tradicional, a parada na categoria é para a troca de carro. Pelo mesmo motivo, as provas estão limitadas ao tempo máximo de uma hora de duração.