Os micro carros podem ser pitorescos no primeiro momento, mas carregam histórias e curiosidades. No Brasil foi inaugurado o chamado “Cini MicroCars Collection“, museu exclusivo de micro carros, que tem um espaço com mais de 600 m² e conta com 27 veículos expostos dos mais diferentes países.

A ideia foi do empresário gaúcho César Cini, que transformou um sonho em realidade. Este sonho começou na Itália e, 20 anos depois, está se materializou no Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves, na serra do Rio Grande do Sul.

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“Eles são pequenos por fora, mas imensos de histórias e boas lembranças. Lembro quando eu morava na Itália e via aqueles pequeninos Cinquecento transportando famílias inteiras pelas ruas tão estreitas que mal permitiam um carro normal. Naquele momento eu não queria só conhecer a história dos carros, mas também fazer parte dela”, lembra o empresário.

Foto: Divulgação

No espaço, estão expostos veículos como o Austin Seven 1931 (primeiro modelo produzido pela BMW), um Messerschmitt KR 201 e um sueco Fulda Mobil King. Há também os clássicos Fiat Topolino, Fiat Cinquecento e a simpática Múltipla. Tem ainda um Mini Cooper ano 2000 zero Km dos últimos produzidos, um Zundapp Janus e um Scootacar Mark I.

A coleção total do empresário tem mais de 40 modelos entre os mais famosos do mundo. Também tem algumas histórias curiosas como quando ele estava abastecendo o pequeno “Cinquecento” na cidade de Canela, no RS. Depois de 140 Km de viagem na serra gaúcha, com o pequeno carrinho de 18 cv era hora de abastecer. No posto de gasolina, uma Ferrari Dino abastecia ao lado e ninguém olhava. “O carrinho era a atenção do local e o frentista se aproximou e perguntou se ele não era movido a ‘fricção’ – se referindo aos brinquedos que as crianças friccionam no chão para dar velocidade”, relembra.

“Cada carro é um convite para passear na história. Cada solução de design ou engenharia é uma viagem no tempo. Os modelos expostos são parte de uma coleção que eu venho montando nos últimos 20 anos. São verdadeiros testemunhos de época, muitos ainda estavam em uso pelos seus proprietários e foram mantidos no estado em que se encontravam quando comprados pelos quatro cantos do mundo”, diz o empresário, que não conseguiu mostrar seu sonho à esposa Catia Giacomello, que foi sua maior incentivadora e faleceu em 2018 depois de lutar contra um câncer.

O museu está aberto ao público e funciona de quinta a domingo, das 10 às 18h.

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