27/08/2024 - 8:25
Atualmente, os carros elétricos disponíveis para PCD (pessoa com deficiência) no mercado brasileiro são o BYD Dolphin Mini e o GWM Ora 03.
Vale destacar que a lei apresenta um limite de valor do automóvel para aplicar um benefício fiscal (IPI e ICMS zerados). Veja abaixo como funciona:
- Veículos até R$ 70 mil: IPI (zero) + ICMS (zero)
- Veículos entre R$ 70 mil e R$ 120 mil: IPI (zero) + ICMS proporcional (pago somente sobre o valor que excede R$ 70 mil)
- Veículos entre R$ 120 mil e R$ 200 mil: IPI (zero)
CNH para PCD
O Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) considera uma pessoa com deficiência aquela que se enquadra nas seguintes categorias previstas pelo Decreto nº 3.298 de 1999: deficiência física (como paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia), deficiência auditiva (perda bilateral, parcial ou total), deficiência visual (como cegueira, baixa visão) ou deficiência mental (funcionamento intelectual significativamente inferior à média).
Pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida podem obter a permissão para dirigir, desde que não esteja afetada sua capacidade motora de dirigibilidade do veículo, mesmo que sejam consideradas as adaptações às suas limitações físicas.
Para tirar a 1ª habilitação PCD, o cidadão deve procurar uma autoescola para início da capacitação para dirigir.
O processo é bem parecido com o convencional, mas, no primeiro momento, a pessoa deverá realizar exames de aptidão física e mental, além da avaliação psicológica, que custam em São Paulo R$ 113,06 e R$ 131,90, respectivamente, ambas pagas diretamente às clínicas credenciadas.
A pessoa pode ser habilitada na categoria B (veículos comuns), além de C, D e E (profissional). O médico perito que faz a avaliação de cada candidato deve mencionar no Renach (Registro Nacional de Condutores Habilitados) as restrições do condutor, para que a informação apareça no verso da CNH.
Carros elétricos para PCD
Para conhecer melhor cada elétrico comercializado para PCD, o site da MOTOR SHOW separou informações, assim como o preço deles com a isenção de tributos.
Ora 03
A GWM lançou o seu programa PCD no qual oferece condições exclusivas destinadas a pessoas com deficiência para o Ora 03. Para o carro, houve o benefício da isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Com preço de tabela de R$ 150.000, o Ora 03 Skin (2023/2024) passou a ser oferecido por R$ 129.600 – redução de R$ 5.400 do benefício fiscal e R$ 15.000 do bônus GWM exclusivo para esse programa.
Para a versão GT (2023/2024), o preço de tabela cai de R$ 184.000 para R$ 158.400, devido ao bônus GWM de R$ 19.000 e mais R$ 6.600 de benefício fiscal.
O Ora 03 GT na linha 2024/2024 reduziu seu preço de R$ 187.000 para R$ 161.280 na opção PCD, com bônus GWM de R$ 19.000 e R$ 6.720 de benefício fiscal.
Vale destacar que a única versão que não está habilitada para o programa é a série especial Ora 03 GT Approve.
Como é o Ora 03?
O elétrico tem 4.235 mm de comprimento e 2.650 mm de entre-eixos, um espaço de um hatch médio.
As duas versões são equipadas com o mesmo motor elétrico, localizado no eixo dianteiro, que oferece 171 cv de potência e 250 Nm de torque, capaz de acelerar de 0 a 100 k/h em 8,2 segundos
Itens de série
Entre os equipamentos de série, o modelo conta com sete airbags, condução semiautônoma no nível 2+, rodas de liga leve de 18 polegadas, ar-condicionado automático, bancos revestidos em couro ecológico, faróis full led, sensor de chuva, fechamento das janelas por controle remoto, painel digital de 10,25 polegadas e central multimídia de 10,25 polegadas.
Bateria
A principal diferença entre as versões está na capacidade da bateria. Na versão Skin (de entrada), a bateria é de 48 kWh, com autonomia de 232 km no padrão Inmetro.
Na opção GT, a bateria é de 63 kWh, com 319 km de autonomia (Inmetro). Ela também agrega mais equipamentos de série, como teto solar panorâmico, bancos com ajuste elétrico, massagem e recurso “Easy Entry”, tampa do porta-malas com abertura elétrica e Park Assist com 12 sensores de estacionamento e cinco câmeras.
BYD Dolphin Mini
O BYD Dolphin Mini se tornou o primeiro carro elétrico para o público PCD (Pessoa com Deficiência) no mercado brasileiro, ao aplicar as isenções de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
Segundo divulgado pela marca, a opção do compacto na cor preta e com quatro lugares sai por R$ 99,8 mil.
O modelo Dolphin Mini de cinco lugares, por sua vez, está sendo comercializado a R$ 101,8 mil, em todas as cores disponíveis.
Vale destacar que o preço habitual do Dolphin Mini de cinco lugares é de R$ 119.800, e o de quatro lugares é de R$ 115.800.
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Como é o Dolphin Mini?
A opção de cinco assentos, recentemente lançada, agrega tecnologias como uma câmera 360º. Trata-se de um sistema com várias câmeras instaladas pelo veículo, com imagens que podem ser visualizadas pela tela do multimídia e ao mesmo tempo, e pode facilitar ao dirigir, em manobras e ao estacionar.
O trem de força desenvolve 75 cv de potência e 135 Nm de torque. Com isso, ele consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 14,9 segundos e sua velocidade máxima é de 130 km/h.
Ele é equipado com a bateria Blade da BYD de 38 kWh presente no assoalho, que fornece 280 km de autonomia, segundo o Inmetro.
Na fita métrica, o pequeninho conta com 1,71 m de largura, 1,58 m de altura e 2,5 m de entre-eixos. Com 3.780 mm de comprimento, ele chega a ser maior que o Kwid E-Tech (3,73 m), para citar.
O visual é diferente do Dolphin, com uma frente mais “limpa”, a inscrição “BYD” logo abaixo do capô e faróis em LED e com DRL. Nas laterais, há vincos e as rodas de liga de alumínio de 16 polegadas.
Atrás, as lanternas em LED são unidas por uma faixa. O porta-malas tem 230 litros de capacidade.
Por dentro, o painel de instrumentos tem tela de LCD de 7 polegadas. O multimídia conta com tela flutuante de 10,1 polegadas e rotação elétrica (vertical e horizontal). Há carregamento sem fio para smartphone, além de duas entradas USB dianteiras.