01/03/2010 - 0:00
Acima, o painel com design atraente, os instrumentos com boa leitura e o ar e o CD player opcionais. Abaixo, a traseira com o mesmo desenho do antigo 206
Como o previsto, a Peugeot tirou o 206 de linha – modelo que era oferecido como opção de entrada, em versão única. Para preencher a lacuna, o 207 recebeu uma nova configuração, a X-Line. O principal atrativo é o preço, de R$ 29.800 (duas portas) e R$ 31.600 (quatro portas).
Neste valor, é difícil encontrar um carro que ofereça uma lista de itens de série razoável. Por isso, não espere muitos equipamentos do X-Line. Volante com regulagem de altura, aviso de esquecimento de luzes acesas e chave no contato, sistema “folow me home”, novo tecido para os bancos, rodas de aço aro 14 e maçanetas em preto são as principais características do modelo.
Mesmo com um conjunto enxuto como este, o 207 tem bom custo/benefício. O carro oferece bom espaço interno para os ocupantes e um desempenho de alto nível. Com motor 1.4 de até 82 cv, o motorista tem à disposição um dos melhores desempenhos, se comparado a outros carros com o mesmo preço. Isso porque a maioria dos veiculos de entrada tem propulsor 1.0. Se a performance agrada tanto na cidade como na estrada, a suspensão, mesmo com novos amortecedores e acerto, ainda sofre em nossas ruas esburacadas.
A grande verdade por trás deste lamçamento é que esta nova versão do 207 é uma das armas que a marca usará para recuperar a participação de mercado que perdeu nos últimos dois anos. A fabricante reconhece que subestimou o mercado brasileiro ao lançar o 207 sob a mesma plataforma do 206 e posicionálo como um hatch premium.
Isso custou à montadora uma redução significativa em sua participação no mercado de automóveis. Só no segmento de compactos, em 2007, quando ainda vendia o 206, a Peugeot fechou o ano com 4,81% de participação. Já em 2009, mesmo somando as participações do 207 (3,06%) e do 206 (0,69%), que parava gradativamente de ser produzido, essa porcentagem foi de 3,75%. E para agravar ainda mais a situação, apesar da crise econômica mundial, a indústria nacional de carros teve em 2009 seu melhor momento.