Durante muitos anos, a Volkswagen se inspirou nos ventos para batizar modelos como os Passat, Jetta e Scirocco. A Fiat recentemente recorreu à mitologia grega em nomes como Argo e Cronos, enquanto a Lamborghini batiza os seus carros com nomes de touros de touradas. Alguns temas, porém, são menos frequentes do que os citados acima.

É o caso da alemã Opel, que em meio à onda militarista da Alemanha dos anos 1930 decidiu seguir a tendência e se inspirou nas patentes militares para dar um nome a três novos modelos. O carro compacto virou Kadett (Cadete), o médio virou Kapitän (Capitão) e o mais luxuoso virou Admiral (Almirante). Curiosamente, esses nomes acabaram sendo aproveitados pelo fabricante em modelos lançados após a Segunda Guerra Mundial, quando o militarismo já não estava exatamente em alta na então Alemanha Ocidental.

A Segunda Guerra Mundial, aliás, serviu de inspiração também para a escolha do nome do primeiro carro soviético lançado após o conflito. Revelado em 1946, o GAZ-M20 Pobeda (Vitória, em russo), era avançado para a época, trazendo inovações como a carroceria do tipo monobloco, rádio e limpadores de pára-brisa com motores elétricos. Nada mais apropriado para comemorar o triunfo da União Soviética sobre a Alemanha Nazista.

Saindo dos temas bélicos, a Ford buscou inspiração na casa construída por Henry Ford para batizar o Fairlane, nível de acabamento mais sofisticado do carro da marca para 1955. A mansão Fair Lane serviu de moradia para o fundador da empresa de 1915 até o ano da sua morte, em 1947. 

Mas talvez um dos temas mais inusitados foi a escolha da American Motors Corporation ao lançar o compacto Gremlin, em 1970. Embora o fabricante descrevesse um Gremlin como “um companheiro para os seus amigos e um ogro para os inimigos”, o termo era usado originalmente em países como os Estados Unidos e o Reino Unido para descrever uma criatura mitológica responsável por causar problemas em máquinas.

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