A sigla ALL4 se refere à tração integral, presente nas versões mais caras

O Countryman representa uma ruptura na história da Mini. São muitos os diferenciais com relação aos outros modelos da marca. Entre suas particularidades, estão a tração integral (na versão S ALL4, top de linha), as quatro portas e o porte que, de “míni” não tem mais nada. Por dentro, o espaço é quase equivalente ao de um sedã médio, o que bene cia principalmente os passageiros do banco traseiro, praticamente ignorados nos outros carros da montadora. Apesar dessas diferenças substanciais, o “grandalhão” da Mini tem algumas características comuns em sua família. O desempenho e o visual, por exemplo, não negam sua origem.

Apesar de perder um pouco do comportamento brincalhão, que é comum nos automóveis com tração traseira – o Countryman é mais sóbrio e equilibrado – ele não ca devendo em desempenho. A versão avaliada conta com motor 1.6 turbo de injeção direta que gera 184 cv . Apesar de sentir um pouco os 1.470 kg que carrega, não titubeia aos comandos do pedal direito. Equipado com câmbio automático de seis marchas com opção sequencial por borboletas no volante, o modelo pode até parecer dócil quando se está andando devagar, mas, quando se afunda o pé no acelerador, ele não decepciona. Sua estabilidade também passa bastante segurança. Aliás, a suspensão do Countryman é bem esportiva. Sendo assim, repassa todas as imperfeições do asfalto para os passageiros. Mesmo proporcionando uma tocada mais agressiva, quando se roda em perímetro urbano isso acaba incomodando, ainda mais se tratando de nossas ruas esburacadas.

Por dentro, é impossível esquecer que se está a bordo de um Mini. A começar pelo enorme velocímetro arredondado no centro do painel. Encontrar o ponteiro no grande mostrador exige mais tempo do que deveria. Por isso, o carro também conta com um velocímetro digital no painel de instrumentos. Mais prático. No miolo do grande velocímetro há o visor da central multimídia que possui GPS, computador de bordo, controle do CD player, do celular e do iPod. Outra atração é um trilho que divide os bancos traseiros e liga os assentos da frente aos de trás. O aparato é uma espécie de porta-objetos opcional, já que, com ele, só é possível levar duas pessoas no banco traseiro, acomodadas em poltronas individuais.

O Mini Countryman está disponível em quatro versões. Seu preço varia de R$ 108.750, cobrados pela con guração básica Pepper 4×2, a R$ 145.750, valor do catálogo top de linha S ALL4 de tração integral (modelo avaliado). Nessa faixa de preço, o carro briga com crossovers de peso, entre os quais o X1, da BMW, controladora da Mini. Além desse desa o, o Countryman marcará o retorno da marca inglesa aos ralis, modalidade em que venceu por três vezes o tradicional Rally de Monte Carlo com o Cooper S na década de 60. A missão do Countryman será disputar o WRC, mundial de rali de velocidade.

Mini Cooper Countryman S ALL4

MOTOR quatro cilindros em linha, 1,6 litro, 16V, turbo, injeção direta TRANSMISSÃO automática sequencial, seis marchas, tração integral DIMENSÕES comp: 4,11 larg: 1,79 alt: 1,56 ENTREEIXOS 2,590 m PORTA-MALAS 350 litros PNEUS 205/55 R17 PESO 1.470 kg GASOLINA POTÊNCIA 184 cv a 5.500 rpm TORQUE 24,4 kgfm a 1.600 a 5.000 rpm VELOCIDADE MÁXIMA 205 km/h 0 100 km/h não disponível CONSUMO cidade: 9,2 km/l estrada: 15,4 km/l CONSUMO REAL cidade: 7,1 km/l estrada: 10,9 km/l

UM MINI MAIS ACESSÍVEL

Quem acha que o Countryman é caro demais, pode optar pelo mais tradicional modelo da marca Mini, o Cooper. Seus preços começam em R$ 80.000 para a versão mais barata, a Salt (foto acima) com motor 1.6 16V de 120 cv de potência. Mas, em breve, o carrinho pode car ainda mais acessível. Por enquanto, não foi con rmado, mas especula-se que a BMW tem planos de importar uma versão de entrada da gama, a One, com apenas 98 cv. Caso a informação se con rme, o carro deverá car na faixa dos R$ 70.000.