Há 80 anos, a fábrica da Volkswagen na região então conhecida como Stadt des KDF-Wagens era libertada do domínio nazista e iniciava suas atividades civis. Foi quando a “cidade dos KdF-Wagens” passou a se chamar Wolfsburg, sede da empresa desde então.

Sob conduta do exército inglês – que assumiu o setor da Alemanha que lhe cabia ao fim da Segunda Guerra Mundial –, a planta foi reorganizada para que, em 27 de dezembro de 1945, a produção em série do Fusca tivesse início com a montagem de 55 exemplares.

Volkswagen Fusca
Início da produção do Fusca em Wolfsburg, na Alemanha (Foto: divulgação)

Cinco anos depois, o modelo desembarcou no Brasil. À época importadora e distribuidora oficial da Chrysler por aqui, a Companhia Distribuidora Geral Brasmotor representou também a Volkswagen no mercado nacional importando as primeiras unidades de Fusca e Kombi, desembarcadas no Porto de Santos (SP) em 11 de setembro de 1950 – antes da própria Volkswagen, portanto.

A marca só assumiria a operação brasileira em 23 de março de 1953, quando começou a montar os carros em um galpão na Rua do Manifesto, no bairro paulistano do Ipiranga.

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Foram montadas 2.268 unidades do Fusca e 552 da Kombi até 1957, quando a montadora se transferiu para a Rodovia Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). O primeiro produto da nova fábrica foi a Kombi, que ganhou as ruas em 2 de setembro de 1957. Dali, o primeiro Fusca só sairia no dia 3 de janeiro de 1959.

E por que então 22 de junho é o Dia Mundial do Fusca? Porque foi nessa data, em 1934, que Adolf Hitler (1889-1945) e Ferdinand Porsche (1875-1951) assinaram o contrato para desenvolver o “carro do povo”, que de acordo com as orientações do Führer deveria ser robusto, econômico e barato.

Os primeiros protótipos do KDF-Wagen, como então se chamava, surgiram dois anos depois, mas poucas unidades foram produzidas até o início do conflito.