A Stellantis, dona de marcas como a Fiat, Jeep e Peugeot, para citar, segue no caminho da descarbonização e apresentou nesta terça-feira, 1, a tecnologia de motopropulsão híbrida Bio-Hybrid. Trata-se de um sistema que combina energia térmica flex e eletrificação para três plataformas – híbrido leve, híbrido convencional e híbrido plug-in – e que poderão ser adotadas em seus próximos veículos montados nas plantas de Betim (MG), Porto Real (RJ) e Goiana (PE).

Segundo a companhia, as plataformas híbridas foram desenvolvidas pelo Tech Center Stellantis na América do Sul, em associação com fornecedores, pesquisadores e outros parceiros.

Bio-Hybrid – Crédito: Divulgação

“O Bio-Hybrid faz parte da rota tecnológica da mobilidade acessível e sustentável adotada pela Stellantis. Queremos potencializar as virtudes do etanol, como combustível renovável, cujo ciclo de produção absorve a maior parte de suas emissões, combinando a propulsão à base do biocombustível com sistemas elétricos”, afirmou Antonio Filosa, presidente da Stellantis para América do Sul, à imprensa.

As tecnologias estão em linha com o plano estratégico de longo prazo da Stellantis, “Dare Forward 2030”, que prevê a descarbonização de processos e produtos da empresa até 2038, com redução das emissões em 50% já em 2030.

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Quatro plataformas

Bio-Hybrid

Bio-Hybrid – Crédito: Divulgação

A Bio-Hybrid tem como destaque um novo dispositivo elétrico multifuncional, que substitui o alternador e o motor de partida. O sistema híbrido leve é capaz de fornecer energia mecânica e elétrica, que tanto gera torque adicional para o motor térmico do veículo quanto gera energia elétrica para carregar a bateria adicional de lítio-íon de 12 Volts, que opera paralelamente ao sistema elétrico convencional do veículo. O sistema gera potência de até 3KW para otimizar o desempenho do automóvel e reduzir o consumo de combustível.

Bio-Hybrid e-DCT

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A plataforma Bio-Hybrid e-DCT, por sua vez, conta com o serviço de dois motores elétricos. O primeiro deles é o que substitui o alternador e o motor de partida. E o outro motor elétrico, maior, é acoplado à transmissão. Uma bateria de lítio-íon de 48 Volts dá suporte ao sistema e também é alimentada pelos dispositivos. Uma gestão eletrônica controla a operação entre os modos térmico, elétrico ou híbrido.

Bio-Hybrid Plug-in

Bio-Hybrid Plug-in – Crédito: Divulgação

A Bio-Hybrid Plug-in é equipada com uma bateria de lítio-íon de 380 Volts, recarregada por meio de um sistema de regeneração nas desacelerações, alimentada pelo motor térmico do veículo ou de fonte de alimentação externa elétrica (plug-in). A arquitetura conta ainda com motor elétrico que entrega potência diretamente para as rodas do carro.

Bio-Hybrid Plug-in – Crédito: Divulgação

BEV

Além das opções híbridas, há uma arquitetura BEV, ou seja, totalmente impulsionada por um motor elétrico de alta tensão alimentado por uma bateria recarregável de 400 Volts, por meio de sistema de regeneração ou através de plug-in. A arquitetura oferece torque instantâneo.

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Transição energética 

A Stellantis afirma que a propulsão elétrica é uma tendência dominante mundialmente, mas acredita que para se adequar ao cenário brasileiro, é necessária uma rota de transição.

“Devido à sua matriz energética, o Brasil tem a oportunidade de fazer uma transição mais planejada e menos onerosa, aproveitando-se da gradual redução dos custos decorrentes da massificação da tecnologia”, explica João Irineu, VP de assuntos regulatórios da Stellantis para América do Sul.

Outro destaque é combinar o etanol, como aliado na redução das emissões de CO2, com a eletrificação.

“O uso do etanol combinado com eletrificação é o caminho mais rápido e viável do ponto de vista social, econômico e ambiental para uma crescente eletrificação da frota brasileira”, conclui Irineu.

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