A essa pergunta acima, a resposta não é das mais fáceis. O mercado de automóveis passa por um momento delicado, para não dizer muito difícil. O fim da redução de impostos, a dificuldade de crédito para compras financiadas, o aumento significativo do dólar – que compromete até mesmo o custo dos modelos mais baratos – e o aumento natural que os carros sofreram na virada do ano fizeram com que seus preços se desequilibrassem perante o mercado consumidor.

Esse desequilíbrio pode ser notado na comparação entre concorrentes, quando se percebe claramente que hácarros com preços exorbitantes para o que oferecem. Um modelo 1.6 de uma perua com todos os opcionais e câmbio automatizado, por exemplo, chega a custar algo ao redor dos R$ 82 mil – preço mais alto que o de um recém-lançado Honda HR-V, um crossover com motor 1.8 e transmissão CVT, ou do Jeep Renegade, também com motor 1.8 e câmbio automático. Esse é apenas um dos exemplos das aberrações que podemos encontrar em um mercado tão instável e desequilibrado.

Claro que a resposta à pergunta do título vai depender muito de como o fabricante do modelo que você escolheu está conduzindo seu barco em águas tão tempestuosas. Alguns fabricantes optaram por simplesmente colocar os preços de seus produtos na estratosfera, e, dessa forma, garantir que no fechamento do balanço do final do ano não apareçam prejuízos. Mas esse fabricante também corre o risco de não vender nada. Em contrapartida, há marcas mais ousadas, que preferem manter atraentes os preços de seus produtos e, com isso, roubar clientes dos que optaram em subir os preços.

E esses “ladrões de fregueses” podem se dar bem, conquistando clientes de outras marcas. Assim, compre carros daqueles que estão oferecendo bons produtos com bons negócios a preços atraentes – e não compre daqueles que elevaram os seus preços e esperam que o consumidor absorva sozinho as instabilidades da montanha russa de nossa economia. A dica foi dada e agora resta a você, cliente, fazer os bons negócios. E nós estamos aqui pra ajudar.