26/08/2024 - 6:50
Quem anda pela Faria Lima ou pela orla das praias do Rio de Janeiro já notou algumas pessoas rodando com uma espécie de moto ou bike elétrica, sem capacete e com crianças ou pets. Trata-se dos veículos da Bee, empresa brasileira de micromobilidade elétrica. A marca oferece três modelos: U1, U1+ e S1.
Origem
A Bee veio do segmento de motocicletas e está há 24 anos no mercado. Em 2019, os fundadores perceberam um boom dos patinetes elétricos, principalmente em São Paulo, e decidiram vender uma solução diferente.
“Trouxemos algo no segmento de motocicleta. Mas aprimoramos a capacidade de carga, para fazer com que o usuário leve seus pertences, dê carona para os filhos. São coisas que existiam na China há mito tempo”, explica Bernando Omar, sócio e fundador da Bee.
Segundo ele, o sucesso foi tão grande que fez com que a empresa abandonasse o segmento de motocicletas. Isso aconteceu durante o período de pandemia como uma saída para não utilizar o transporte coletivo.
A popularidade fez a companhia abrir seis lojas, sendo quatro no Rio de Janeiro, uma em São Paulo e uma em Portugal.
Produtos
A marca é brasileira, mas os produtos são chineses. Há uma planta em Manaus (AM) onde a Bee monta 70% da produção.
“A nossa expertise é exatamente pegar produtos que existem lá na China com uma determinada configuração e aprimorar, fazer algumas modificações, às vezes de desenho, de projeto, e adequar ele à realidade brasileira.”
Com a bateria totalmente cheia, a autonomia média é de 60 km dos produtos da Bee. As baterias são removíveis e é possível recarregá-las em tomadas de casa de 110 V ou 220 V.
Acessórios
Bernardo diz que um dos diferenciais do produto são os acessórios. Há uma linha em que os usuários podem encaixar no veículo e que está sob o conceito “plug and play”, ou seja, que você adiciona facilmente.
Para isso, há uma submarca denominada de “Dog Rider”, com itens para pets.
“Hoje o pessoal vem comprar os nosso modelos e eles trazer seus cachorros para fazer o teste drive. O pet vai na cesta e tem até cinto de segurança que vai preso na coleira.”
É moto ou bike?
O conceito do produto não chega a ser nem motocicleta e nem uma bicicleta. A nomenclatura oficial é autopropelido, que são veículos que utilizam de uma aceleração eletrônica de micromobilidade.
Devido a isso, os usuários não necessitam de registro, de capacete ou carteira de habilitação para rodar. De fábrica, eles são limitados a 32 Km/h de velocidade e 1.000 Watts de potência. Os usuários podem utilizar esses modelos em ciclovias e ciclofaixas e em ruas de até 40 km/h.
O único modelo que é considerado motocicleta, o U1+, deve ser licenciado e o condutor ter CNH A. Ela chega até 65 km/h.
Perfil do consumidor
No Rio de Janeiro, a Bee invadiu a orla e ruas de bairros como Ipanema e Leblon. Em São Paulo, quem difundiu os veículos da Bee foram os ditos “Faria Limers”. Mas os modelos são utilizados também por famílias de classes A e B e que querem levar seus filhos e pets pela cidade.
Outro perfil é o empreendedor. Os Bee conseguem realizar pequenas entregas, por exemplo. Vale destacar que toda a linha da Bee suporta até 200 kg.
Manutenção
Todas as lojas realizam a manutenção dos veículos elétricos. No entanto, Bernardo também diz que incentiva os consumidores levarem a outros locais e até a mexerem nos produtos.
“A gente tem um canal no YouTube, onde temos vários tutoriais ensinando a substituir um componente. Trocar uma peça ou fazer qualquer tipo de intervenção nela. O nosso SAC também suporta os clientes com informações e vídeos, para que você possa fazer a manutenção em qualquer lugar. É muito simples.”