01/03/2010 - 0:00
O EcoSport tem um processo evolutivo interessante. Compartilhando a plataforma com o Fiesta, o modelo foi um tiro certeiro da Ford: enquanto Fiat e GM apostaram nos monovolumes compactos – com Idea e Meriva – para criar alternativas sobre suas plataformas baratas, a Ford partiu para a criação de um SUV. Acertou na mosca! A marca observou a preferência do consumidor brasileiro pelos SUV’s importados, que inundaram nosso mercado a partir dos anos 90, e concluiu que o sonho do consumidor de possuir um carrão desses poderia ser abrandado com a compra de uma versão mais barata, que guardasse o mesmo espírito aventureiro. Estava certa.
Lançado no início de 2003, só precisou de uma correção inicial em relação ao público-alvo. Na época, a Ford achou que o SUV deveria ser uma alternativa ao Fiesta. Assim o acabamento era mais espartano, os materiais mais simples e na motorização tinha até uma opção 1.0. Mas o Eco atraiu mesmo foi a atenção de uma classe média mais abastada e isso exigiu da Ford mudanças no produto.
Rapidamente vieram o motor 2.0 16V, a tração integral, o câmbio automático, a redução do ruído no painel e no interior, a melhora da qualidade da forração, os pneus próprios, o aumento da autonomia, os novos quadros de instrumentos, a redução no esforço do sistema de direção, os pacotes acústicos, a so sticação do sistema de som e assim por diante. Todas as evoluções que foram incorporadas ao longo do tempo zeram do EcoSport 2011 um carro maduro e so sticado.
Até o recurso da gra a EcoSport (que agora virou uma marca da Ford, tamanho é o seu sucesso) aplicada ao capô deixou o modelo com ares de Land Rover. Grade, molduras laterais, quadro de instrumentos com iluminação mais atraente, computador de bordo, comando do rádio na coluna de direção, chave canivete e porta-objetos no console completam o pacote de “mimos”. Críticas? Sim: o elevado consumo do motor Duratec 2.0 com etanol.
O tanque já aumentado (de 45 para 54 litros) não permite rodar muito na estrada, quando as marcas di cilmente superam os 8 km/l (pouco mais de 5 km/l na cidade). Um dos culpados é a baixa taxa de compressão do motor para utilizar etanol, certamente.