Poucos carros despertam sentimentos como paixão e cobiça. Verdade é. O Ford Mustang, a cada nova geração, continua seduzindo seus fãs. Lançado no Salão de Nova York de 1964, nos Estados Unidos, completará 50 anos de história neste ano. Em meio século de vida muita coisa aconteceu: versões criadas pela empresa Shelby American, de Carroll Shelby, venceu a crise do petróleo de 1973 e estrelou até passagens no cinema – como a emocionante cena de perseguição do filme Bullitt, com o ator Steve McQueen, pelas ruas de São Francisco, na Califórnia. Ou em 60 Segundos, com a enigmática Eleanor – na verdade, um Shelby GT500. Agora, eis a sua sétima geração.

Apresentado simultaneamente em Nova York, Barcelona, Los Angeles, Dearborn, Xangai e Sydney, será o primeiro Mustang global – feito para ser vendido não só nos EUA, mas também na Europa, na Ásia e até no Brasil. Sua vinda oficial para cá é aguardada para 2015 – a primeira aparição será no Salão de São Paulo, em outubro. O visual seguiu a tendência de design da marca, com grade trapezoidal e faróis afilados. Outros elementos, como a carroceria fastback, o capô alongado e as clássicas lanternas divididas em três seções, foram mantidos.

Sob o capô, três motores disponíveis, mas a grande novidade é o bloco de 4 cilindros, 2,3 litros, da família EcoBoost, com turbo e injeção direta, de 309 cv e 41,5 kgfm de torque. Também há o V6 3.7 de 305 cv e o V8 5.0 de 420 cv (versão GT). Em todos, o câmbio pode ser manual ou automático sequencial, ambos de seis marchas. Na parte mecânica, o Mustang 2015 ganhou um novo acerto nas suspensões – atrás, ela passa a ser independente.