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Um levantamento realizado pela consultoria JATO Dynamics no Brasil comparou a evolução do salário mínimo e dos preços dos veículos nos últimos dez anos. Os resultados mostram que, apesar do aumento dos valores cobrados pelos fabricantes, ficou proporcionalmente mais barato para o consumidor adquirir um carro zero km.

A pesquisa foi realizada com base nos preços cobrados por 13 empresas do segmento de grandes volumes (Fiat, Chevrolet, Ford, Volkswagen, Hyundai, Kia, Renault, Citroën, Peugeot, Honda, Toyota, Nissan e Mitsubishi) e 12 montadoras consideradas premium no País (Audi, BMW, Mercedes-Benz, Land Rover, Volvo, Dodge, Mini, Subaru, Smart, Lexus, Jaguar e Chrysler).

Na lista dos 13 fabricantes, os hatches apresentaram uma variação de 39,65% dos preços, que subiram de R$ 37.227,79, em 2005, para R$ 51.987,87, neste ano. Variação semelhante tiveram os sedãs, com aumento de 34,31% dos valores médios de mercado (de R$ 51.125 para R$ 68.665).

No mesmo período, o salário mínimo subiu de R$ 300 para R$ 788. Crescimento de 163%. Com isso, a proporção de salários necessários para levar um hatch para casa caiu de 124 para 66, em 10 anos. No caso dos sedãs, essa proporção caiu de 170 para 87. Nos SUVs, foi de 383 para 152 salários mínimos.

O mesmo movimento foi notado nos premium. Os valores médios dentre os hatches de subiu de R$ 101.940 para R$ 176.680. Mesmo assim, o consumidor, que antes pagava 340 salários mínimos para comprar um hatch de luxo em 2005, passou a desembolsar 224 mínimos por um carro da mesma categoria.  Dentre os sedãs, essa proporção baixou de 1.106 mínimos para 335. Já no caso dos SUVs premium, essa redução foi de 910 para 377 salários.

De acordo com a pesquisa, o resultado é reflexo principalmente da evolução do mercado nos últimos 10 anos. Saltou de 30 marcas, com 161 modelos e 682 versões, em 2005, para 44 fabricantes, 262 modelos e 1.011 versões diferentes, neste ano. Ainda segundo a JATO Dynamics, não foram considerados no levantamento a variação da inflação no período. A pesquisa completa pode ser consultada aqui.