Com a chegada da segunda geração, o Renault Sandero passa a ter um novo catálogo de versões: duas com motor 1.0  16V de 77/80 cv (gasolina/etanol) e duas com motor 1.6 8V de 98/106 cv (g/e). Ambos são da família Hi-Power. O novo Sandero mais barato é o Authentique 1.0: ele custa R$ 29.890 e já vem com direção hidráulica, volante com regulagem de altura, indicador de troca de marcha, duplo airbag e freios com ABS e EBD. Já o Sandero Expression 1.0 sai por R$ 34.990 e acrescenta rádio/CD player com MP3 e bluetooth, ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, vidros/travas elétricos e computador de bordo. Com os mesmos equipamentos de série do 1.0, o Expression custa R$ 38.590 (ou R$ 23 por cada cavalo extra do motor). Finalmente, o Dinamique 1.6 começa em R$ 42.390 e traz, além dos equipamentos de série já citados nas versões anteriores, espelhos elétricos, indicador de temperatura externa, volante de couro, rodas de liga leve e faróis de neblina.

Fizemos um test drive cidade/estrada em Florianópolis com a versão Expression 1.0 equipada com vários opcionais. A boa oferta de opcionais, como o pacote Techno (Media Nav + sensor de estacionamento), que custa R$ 1.200, faz parte da estratégia “inovação acessível” (80% dos carros da marca são vendidos com esse equipamento). Rodando, ele cou mais macio. O Sandero 1.0 tem um desempenho razoável para um motor 1.0, pelo menos rodando com apenas duas pessoas. Mas o consumo, embora tenha mantido o selo verde e a nota A do Inmetro, piorou um pouco nas medições de cidade/estrada com gasolina e de cidade com etanol. Na estrada, com etanol, a autonomia manteve-se em 9,2 km/l. De qualquer forma, com gasolina, o Sandero 1.0 tem um alcance de 670 quilômetros. Com o maior entre-eixos de sua categoria (2,590 m), um bom porta-malas de 320 litros, robustez e baixo custo de manutenção (menos de R$ 1 por dia), o novo Sandero manteve os atributos da primeira geração e, nalmente, passa a ser visto como um carro bonito. Com uma nova plataforma (a mesma do Renault Logan), frente e traseira redesenhadas, rodas aro 15 (de aço nas três primeiras versões), ótimo espaço interno e autonomia de 13,4 km/l na estrada (com gasolina nas versões 1.0), o novo Sandero tem uma missão ousada:  ficar entre os três carros mais vendidos do Brasil. Para isso, ele teria de passar dos 102.514 emplacamentos do ano passado para algo em torno de 135.000 em 2014, que é a projeção de vendas do Chevrolet Onix.

Para o presidente Olivier Muguet, “o Sandero é um divisor de águas na Renault do Brasil”. Segundo ele, foi a partir do lançamento  do Sandero que a marca começou a crescer, conquistando 7% do mercado de automóveis em 2013. A meta agora é atingir 8%. O próprio Sandero saiu do 17º lugar em 2008 para o oitavo em 2013. Segundo Bruno Hohman, diretor de marketing da Renault, só 10% dos clientes devem se interessar pela versão Authentique 1.0 (a mais barata) e 30% pela Dinamique 1.6 (a mais cara). A boa relação custo-benefício das versões Expression deve atrair 60% dos clientes, sendo metade para cada motor. Em setembro chega também uma versão com câmbio automatizado para o motor 1.6. E no Salão de São Paulo deve surgir uma versão com apelo esportivo.