12/04/2016 - 14:50
Que País é esse? Diferente de qualquer outro lugar do mundo, ao invés de idolatrarmos um cidadão que promoveu positivamente a imagem do Brasil, nós o execramos. Fazemos dele um picareta, golpista e caloteiro. Um bandido que dá golpe em todos e não está nem aí com os brasileiros.
Uma grande mentira. Emerson Fittipaldi é um desses ídolos eternos. Por tudo de bom que fez ao automobilismo brasileiro, pelo avanço tecnológico que imprimiu para essa modalidade esportiva e, principalmente, pela imagem vencedora que deixou impressa ao mundo, com suas inúmeras conquistas em pistas internacionais.
Pilotos como Nelson Piquet e Ayrton Senna conseguiram grandes passos em suas carreiras de campeões graças à ajuda e influência do experiente Emerson. E não é para menos, nosso bicampeão teve uma carreira de fazer inveja até aos mais vitoriosos pilotos internacionais.
Emerson foi bicampeão da Fórmula 1 em 1972 e 1974, vice em 1973 e 1975, e só não levantou mais campeonatos na categoria porque sonhou alto com uma equipe de Fórmula 1 totalmente brasileira. Com isso, passou a construir carros dessa categoria aqui mesmo no Brasil, com matérias-primas e tecnologias desenvolvidas em nosso País.
Engana-se quem pensa que sua carreira parou por aí. No final dos anos 1980, nosso eterno campeão foi provar o gosto das pistas norte-americanas. E não deu outra: em 1989 foi campeão da Fórmula Indy e, nesse mesmo ano, venceu uma das mais famosas competições do Mundo: as 500 Milhas de Indianápolis. Não satisfeito, em 1993, voltou a vencer a mesma prova.
A carreira desse Fittipaldi sempre foi coroada de êxitos e vitórias em pistas brasileiras e em vários cantos do mundo. A bandeira brasileira sempre tremulou alta e o Hino Nacional era ouvido onde quer que Emerson tenha competido. O cara sempre elevou o nome do Brasil.
Sua carreira internacional sempre permitiu que o Rato, nome carinhoso dado pelos amigos, fosse, ao longo do tempo, adquirindo diversas cidadanias, com passaportes que dariam o direito ao Emerson de viver em qualquer lugar do mundo que desejasse.
Mas nosso campeão optou por fixar residência no Brasil e investir aqui as economias que amealhou ao longo de todos esses anos de carreira. Rato dá palestras sobre automóveis, competições e novas tecnologias automotivas por todo o mundo, conseguindo com isso bons recursos financeiros que são todos investidos no Brasil. Além disso, Emerson têm fazenda de laranja, engenho de cana e outros negócios. Todos no Brasil.
Mas aí veio a tal crise. E os negócios de Emerson começaram a retroceder. Assim como ele, centenas de milhares de empresários estão passando por imensas dificuldades financeiras. A falência bate a porta de todos e, de alguns, até já entrou na casa. Fittipaldi, um piloto astuto na estratégia de vencer nas pistas de corrida, viu-se encurralado nas armadilhas da economia instável de nosso Brasil.
Ele poderia muito bem investir seu dinheiro e sua imagem vencedora em qualquer outro lugar do mundo. Mas por ser brasileiro e patriota, escolheu o Brasil. O mercado financeiro não teve a mínima compaixão e tolerância com um ídolo que ajudou a colocar o nome do Brasil nas alturas graças aos seus feitos esportivos.
E não é apenas o mercado financeiro que tenta tirar o brilho de nosso campeão. Há também uma imprensa marrom e sensacionalista que tenta jogar o nome do nosso campeão na lama. Claro que, se falassem das centenas de milhares de empresários que passam por dificuldades financeiras, talvez não atraíssem muitos leitores e telespectadores.
Agora, quando o empresário com dificuldades financeiras se chama Emerson Fittipaldi, vale toda espécie de mentira e calúnia, independentemente do que o nome do campeão representa para a imagem do Brasil.
Quem escreve criticando o que não sabe, dando interpretações ignorantes a papéis a que teve acesso, são profissionais que não podem ser chamados de jornalistas. Mas sim de picaretas da informação, pois um dos primeiros mandamentos do jornalismo é o de checar todas as informações apuradas para sabermos se são verdadeiras e dignas de se passar ao público.
Jornalistazinhos mequetréfes ouvem falar e já acham que estão de posse de um furo jornalístico. Escrevem e publicam sem a menor responsabilidade, prejudicando a seja lá quem for, mesmo que seja o nosso bicampeão mundial de Fórmula 1. Mesmo que isso custe a imagem de um grande brasileiro. Há também programas de TV que se utilizam da imagem de nosso campeão, envolvendo-o em um grande problema financeiro que eles chamaram de´falência fraudulenta`.
Foi dito até mesmo que Emerson havia fugido do País com muitos dólares e largado suas dívidas. Mentira em cima de mentira. Tudo para denegrir a imagem do Fittipaldi campeão e, com isso, atrair a atenção de leitores na internet e de telespectadores na televisão.
Emerson nunca negou suas dificuldades financeiras, e, em momento algum ele negou pagar seus credores e nunca fugiu do Brasil, como foi noticiado. Continua sendo nosso eterno campeão e, como todo bom brasileiro, sempre mostrou disposição para saldar seus compromissos.