17/05/2024 - 13:31
A produção e vendas de veículos no mercado brasileiro estão sendo afetadas devido às chuvas e alagamentos enfrentados pelo estado do Rio Grande do Sul desde o fim de abril.
Empresas
A General Motors anunciou folgas para os funcionários de Gravataí (RS). Enquanto a Stellantis, dona da Fiat, paralisou a sua fábrica em Córdoba, na Argentina, devido a problemas logísticos e com fornecedores. O local produz o sedã Cronos.
Além disso, três fábricas paulistas da Volkswagen (Anchieta, Taubaté e São Carlos) concederão férias coletivas, a partir de 20 de maio.
A Marcopolo, empresa que fabrica carrocerias para ônibus, que chegou a parar por poucos dias suas duas fábricas em Caxias do Sul (RS) no início do mês, opera quase normalmente, já que a região não foi tão afetada como Porto Alegre. No entanto, confirma que fornecedores, rede de vendas, concessionários, parceiros e clientes foram afetados e muitos estão ainda com locais inundados.
Anfavea
Questionada, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) afirma que monitora a situação, bem como os seus reflexos no setor.
“Sabemos que há problemas logísticos e sobretudo de fornecimento de componentes”, afirma em nota divulgada.
Ela explica que o estado é muito forte em peças de fundição, entre outras.
“As vendas de veículos na região, naturalmente, estão praticamente paralisadas. O RS representa 5% das vendas nacionais de autoveículos.”
A associação prevê que no início de junho poderá quantificar as perdas na produção, vendas e exportações.
“Anfavea e suas 27 associadas continuam focadas no auxílio à população gaúcha.”
Números até abril
As indústrias produziram 222,1 mil veículos (carros, comerciais leves, caminhões e ônibus) em abril, o que representou alta de 13,5% na base mensal e um crescimento de 24,2% ante o mesmo período do ano passado. No quadrimestre, o setor somou 760,1 mil veículos, 6,3% mais que um ano antes.
As vendas subiram 17,6% de forma mensal, para 220,8 mil unidades, e 37,4% ante abril de 2023. No acumulado do ano, há 16,3% mais emplacamentos que 2023. Até o momento, para o ano, a entidade prevê alta de 7%.