Com cerca de 5 milhões de unidades produzidas entre 1948 e 1990, o Citroën 2CV representou para os franceses o mesmo que o VW Fusca para os alemães (e os brasileiros). Mas se aqui é difícil imaginar um encontro com 7 mil Fuscas, este é o número de exemplares do carrinho francês que são esperados na 21ª edição do Encontro Mundial do 2CV, evento que neste ano acontece entre os dias 28 de julho e 2 de agosto, na cidade polonesa de Torun.

Mas apesar de atrações como o concurso de elegância, o encontro está longe de ser apenas um tradicional evento de modelos antigos. A programação envolve desde corridas em pistas de terra e até disputas de montagem e desmontagem do carro, que é conhecido pela facilidade em que a carroceria e chassi podem ser separados. E ainda há outro detalhe: a maior parte dos donos do 2CV deve chegar ao encontro dirigindo os seus carros. E ainda vão participar de um passeio de dois dias pela região do Mar Báltico.

Projetado para ser um carro barato, fácil de manter e de construir, o 2CV pesava apenas 600 kg e estava equipado com pequenos motores de dois cilindros refrigeradosa ar, que mesmo nas versões mais modernas desenvolvia cerca de 30 cv. Sucesso de vendas, foi também um sucesso de produção internacional, com linhas de montagem em países como Iugoslávia, Vietnã, Chile e Argentina.

A plataforma do 2CV serviu de base para outros modelos, como o utilitário com carroceria plástica Méhari e os mais sofisticados (e estranhos) Ami 6, Ami 8 e Dyane. Todos eles saíram de linha antes do modelo que lhes deu origem.