30/05/2025 - 6:00
Com a possível candidatura de Carlos Sainz pai à presidência da Federação Internacional do Automobilismo (FIA) a curiosidade sobre como funciona a eleição da instituição tem crescido.
Até o momento, o único candidato confirmado é Mohamed Ben Sulayem – o atual presidente buscará sua reeleição em dezembro deste ano. Esse será um evento importante dentro do mundo do automobilismo já que o atual dirigente esteve envolvido em diversas polêmicas ao longo de seu mandato.
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Estrutura da corrida presidencial
A cada quatro anos, a federação realiza as eleições presidenciais por meio de uma assembleia geral. Essa delegação é composta por autoridades esportivas nacionais e clubes automobilísticos que representam as 245 organizações membros com sede em 149 países.
Além do cargo central, a votação elege todas as outras autoridades principais da FIA. Os debates ao redor da competição focam em pautas levantadas previamente pelo Conselho Mundial do Automobilismo e Conselho Mundial de Mobilidade e Turismo Automobilístico.
‘A Lista’
Assim como as corridas presidenciais políticas, o candidato não concorre sozinho. Nessa eleição, os concorrentes devem possuir em sua comitiva personagens específicos – essa normativa é conhecida como “A Lista”.
Diferente de processo eleitorais comuns, os pretendentes precisam reunir uma gama grande de apoiadores antes de lançarem suas propostas. Ao lado do representante concorrem um presidente do senado, um vice-presidente e sete vice-presidentes para esportes, bem como um vice-presidente e sete vice-presidentes para o setor de automóveis, mobilidade e turismo.

Como funciona a votação?
Cada país membro da organização recebe no máximo 24 direitos ao voto – divididos igualmente nas categorias esporte e mobilidade – a distribuição depende dos requisitos que cada nação atende.
Os representantes de cada local podem escolher votar em um dos nomes concorrendo ou se abster da decisão.
Assim como em outras áreas, a escolha é feita no sigilo e as cédulas são contabilizadas em privado pelo departamento jurídico da FIA. Todos os processos da Assembleia Geral são supervisionados por uma comitiva de observadores nomeados pela própria assembleia.
O concorrente que acumular apoio absoluto no primeiro turno ou maioria simples no segundo é designado o novo presidente.
A eleição que decidirá o próximo dirigente e o resto de sua comitiva está marcada para 12 de dezembro em Tashkent, no Uzbequistão.
*Estagiária sob supervisão