Christian Horner foi demitido do cargo como chefe da Red Bull na quarta-feira, 9. O anúncio publicado no Instagram deu fim a uma jornada de 20 anos de parceria entre a equipe e o dirigente. Sem justificativas expostas, o britânico apenas celebrou todas as vitórias e momentos que pode contribuir.

“Depois de uma incrível jornada de vinte anos juntos, é com o coração apertado que hoje me despeço da Equipe que amei demais. Cada um de vocês, as pessoas incríveis na fábrica, foram o coração e a alma de tudo o que alcançamos. Ganhar e perder, a cada passo do caminho, estivemos um ao lado do outro como um e nunca esquecerei isso”, declarou em uma publicação.

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Durante as duas décadas em que esteve à frente da escuderia, o ex-chefe conquistou oito Campeonatos de Pilotos, quatro com Sebastian Vettel e a outra metade com Max Verstappen, e seis Títulos de Construtores. Além disso, Horner se tornou o segundo nome com maior número de vitórias entre os chefes da Fórmula 1.

Christian comemorou 124 triunfos com a RB, ficando atrás apenas de Ron Dennis, antigo chefe da McLaren que esteve presente nas eras de Ayrton Senna, Alain Prost, Niki Lauda e Lewis Hamilton – acumulando 138 vitórias. Fechando o pódio, Toto Wolff, atual comandante da Mercedes, fica logo atrás com 120 desde que foi contratado pela marca alemã em 2014.

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Polêmicas seguem após a demissão

Apesar de ter se tornado um nome de peso na categoria, Horner também foi o personagem central em uma das últimas polêmicas do esporte. Em fevereiro de 2014, ele foi acusado de “comportamento inapropriado” por uma ex-funcionária da escuderia austríaca. A acusação incluiu registros de conversas entre os dois, divulgados por uma fonte anônima.

Pouco tempo depois, ele foi inocentado por uma investigação interna e a vítima foi afastada do cargo. Após as primeiras análises, a mulher decidiu entrar com uma ação legal no tribunal trabalhista do Reino Unido e a audiência inicial deve acontecer no começo de 2026.

Logo depois da demissão ser publicada, o pai da delatora disse ao “DailyMail” que a determinação foi “a coisa certa a se fazer” e reafirmou que sua filha não possui mais nenhuma ligação com a marca.

Quais serão os próximos passos de Horner?

Mesmo com os motivos sobre a decisão ainda serem secretos, a trajetória do britânico continua abrindo portas para seu futuro dentro do automobilismo. Confira abaixo os espaços em aberto na F1;

Ferrari

Frédéric Vasseur, atual chefe da escuderia italiana, tem sofrido grande pressão do público e dos patrocinadores com os últimos resultados. Além disso, seu contrato ainda não foi renovado, abrindo espaço para uma possível substituição.

O principal fator que pesará contra a aquisição é a presença do sete vezes campeão Lewis Hamilton. O atual piloto da Ferrari afirmou durante o Grande Prêmio do Canadá que Vasseur foi uma das motivações centrais para sua saída da Mercedes.

Alpine

Outra possibilidade é a casa francesa Alpine. Hoje em dia a equipe enfrenta diversas alterações entre pilotos, peças e comandantes. A entrada de Christian seria ideal para suprir a lacuna deixada por Oliver Oakes no começo deste ano, já que Flavio Briatore, que assumiu as demandas, não possui uma licença reconhecida pela FIA (Federação Internacional do Automobilismo).

Mesmo sendo uma forte opção, a divisão de funções entre Briatore e Horner pode complicar as relações dentro da marca.

Cadillac

Por ainda estar em fase de formação, o ex-diretor da RB pode ser recrutado para o time norte-americano. Tanto a experiência dentro do carro como ex-piloto quanto as décadas à frente de uma equipe vencedora de todos os campeonatos agregam a propaganda de Horner.

Ano sabático

Por fim, a pausa de uma temporada deve ser o caminho mais cotado pelo inglês. O portal “The Race” contribuiu para essa alternativa dizendo que ele não tem “ pressa em achar outro lugar no grid” e deve utilizar esse tempo livre para se dedicar a família e a projetos pessoais.

Com a destituição, Laurent Mekies assumirá a função e Alan Permane foi promovido a chefe da Racing Bulls.

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 *Estagiária sob supervisão