A Tesi 3D é a moto mais cara e cobiçada do Brasil. São R$ 155.000 para quem gosta de exclusividade, design agressivo, beleza e desempenho. Ela oferece tudo isso. É a primeira moto conceito a ser vendida e produzida em série. Se é que se pode considerar uma produção em série a confecção semiartesanal das únicas 29 unidades que a Bimota fará do modelo. O projeto desta moto, do início dos anos 90, é do jovem engenheiro Pierlugi Marconi, que o apresentou em sua tese de conclusão de curso – daí o nome Tesi, que significa “tese” em italiano. A 3D é a última evolução desse projeto, que foi comprado pela fabricante italiana Bimota.

Feita em fibra de carbono, a máquina possui um motor Ducati bicilíndrico em “L” a 90 graus com cilindrada de 1.078 cm3, comando de válvulas desmodrômico e refrigeração a ar. A unidade produz 95 cv de potência a 7.750 rpm e 10,5 kgm de torque a 4.750 rpm.

A Tesi 3D se diferencia por utilizar um sistema de suspensão dianteiro batizado de Pull Rod, que possui braços oscilantes em fibra de carbono posicionados paralelamente ao chão, ligados ao quadro. O sistema dispensa o uso da bengala, rebaixa o centro de gravidade e desassocia os sistemas de direção (que tem 24 graus de ângulo de esterçamento) e de suspensão, que funcionam independentemente. O curioso sistema permite que a moto possa fazer curvas e frenagem mais firmes, dando segurança ao piloto, pois não há transferência excessiva de peso para a roda dianteira, podendo frear sem desequilibrar.

Seu freio com disco simples de 220 mm e suas rodas de 17 polegadas com pneu 120/70-17 na frente e 180/55 R17 atrás combinam com o caráter esportivo da moto. Outra inovação é que, sem o espaço, ocupado pela suspensão, as pinças (radiais Brembo) do freio dianteiro foram parar na parte inferior dos discos de 320 mm.

O freio traseiro tem disco simples de 220 mm. As rodas são de 17″ e os pneus 120/70 na frente e 180/55 atrás. O motor é um Ducati

O quadro, forjado em alumínio, é separado em duas partes, com o formato da letra grega ômega – são dois arcos em cada lado da moto, sustentando motor, balança traseira e dianteira. Sua carenagem, projetada em fibra, ajudou a reduzir o peso para 168 kg.

Um fato curioso é que com a balança dianteira semelhante à traseira, fica difícil saber se a moto está indo ou vindo. Seu visual é agressivo e diferenciado, os escapes têm saída alta, com duas enormes ponteiras triangulares, e a frente é bicuda, com as setas integradas aos espelhos.

A posição de pilotagem é bastante esportiva. O piloto fica com as pernas flexionadas e o peito sobre o tanque. Entretanto, possui pedaleira ajustável, assim como as motos de pista, o que garante um maior conforto para quem dirige. O garupa, pelo contrário, fica em uma posição desconfortável, mostrando que ela foi projetada para as pistas.

Com motor da Ducati, considerada a “Ferrari das motos”, essa máquina faz parte do segmento premium que, no Brasil, representa apenas 2% das vendas totais do mercado duas rodas. Por conta disso, seu preço equivale ao de 25 unidades da Honda CG 150, a mais vendida do País.

Ficha técnica Bimota Tesi 3D

Motor: 1078 cm3, quatro tempos, dois cilindros em L, refrigeração mista (ar e óleo).

Transmissão: por corrente, cinco velocidades.

Suspensão: dianteira Monoshock Pull-rod Extreme Tech (ajustável);

traseira com disco simples de 220 mm de diâmetro com pinça de dois pistões.

Dimensões: comprimento: 2,0 m / largura: 72 cm / entre-eixos: 1,39 m / altura: 1,14 m.

Peso: 168 kg.

Gasolina

Potência: 95 cv a 7.750 rpm.

Torque: 10,5 kgm a 4.750 rpm.

Vel. máxima: n/d. 0 a 100 km/h: n/d.

Consumo: n/d.