01/04/2011 - 0:00
As dimensões generosas do Audi Q7 extrapolam as raias do grande e podem, tranquilamente, ser classificadas como exageradas. Por conta de seus 5,09 metros de comprimento e 1,98 metro de largura, é difícil achar vagas para estacionar em shoppings, mercados ou garagens de prédio. Os pneus direito e esquerdo sempre ficam sobre as faixas que delimitam as vagas. Pouco simpático. Mas se você não tem esse tipo de problema e mora em regiões onde a falta de espaço não é um empecilho, o Q7 é, literalmente, um carrão. Com seus mais do que generosos três metros de distância entre-eixos, pode levar até sete passageiros, mas acomoda quatro confortavelmente instalados.
Nessa versão 2011, o crossover se adapta às exigências de menor emissão de poluentes e preservação das reservas energéticas do planeta. Comparada ao modelo anterior, equipado com motor 4.2 V8, essa nova versão 3.0 TSFI V6 tem uma emissão de CO2 (um dos principais vilões do efeito estufa) cerca de 21% menor. Mas não pense que a performance piorou com o motor menor. O desempenho melhorou bastante. Na aceleração de zero a 100 km/h, por exemplo, houve uma diminuição de meio segundo no cumprimento da prova. Antes era realizada em 7,4 segundos, com esse novo conjunto leva apenas 6,9 segundos. O segredo do novo motor está no compressor volumétrico, que agora sobrealimenta o sistema com 0,8 bar de pressão na alimentação de combustível, feita com injeção direta da gasolina, nos novos materiais e nas tecnologias de fundição, que permitem unidades mais compactas e leves. A nova máquina produz 333 cv e torque abundante de 44,8 kgfm que começa a 2.900 rpm a vai até os 5.300 rpm.
Esse motor já havia sido apresentado no A6 no ano passado e passa a equipar mais modelos da linha. A ele se juntou uma transmissão automática de oito marchas, que deixa o propulsor sempre nos regimes de rotações de melhor desempenho, seja no consumo, seja na performance. Só o câmbio já foi responsável por cerca de 5% na melhora do consumo. Outra ajuda importate veio do uso alumínio para deixar o veículo mais leve. O material foi empregado na tampa traseira, nos paralamas traseiros e nas suspensões.
O comportamento dinâmico do Q7 é bom, mas guarda ainda aquele pequeno balanço lateral, típico dos SUVs. Em que pesem as suspensões independentes e o acerto primoroso feito pela Audi, o centro de gravidade do familiar é alto e não dá para fazer muito a respeito. A tração integral permanente, cujo sistema eletrônico de comando consegue transferir 70% do torque para o eixo dianteiro ou até 85% para o traseira, ajuda muito, principalmente nas situações mais difíceis, como em pisos molhados. Mas há limitações típicas da categoria.
Enfim, um SUV de grife com muita tecnologia construtiva não poderia custar barato. E não custa. Seu preço inicial é de R$ 320 mil e ainda dá para colocar alguns opcionais. Um carro para poucos, quase exclusivo, e que, certamente, orgulha seu dono por onde quer que passe.
Sofisticado e grandalhão, o Audi Q7 tem assentos para sete passageiros, mas acomoda com absoluto conforto apenas quatro pessoas. Na tela central, o motorista controla todas as funções de bordo
Audi Q7 3.0 V6 TSFI
/ Motor seis cilindros em V, 3,0 litros, 24V, compressor, gasolina / Transmiss ão automática sequencial, oito marchas, tração integral/Dim ensões comp.: 5,09 m – larg.:1,98 m – alt.:1,73 m/eNt re-eixos 3,002 m / PoRta -ma las 775 litros/ Pneus 275/45 R20/Peso 2.315 kg Gasolina / Potência 334 cv (rotação não disponível / /Torque 44,8 kgfm de 2.900 a 5.300 rpm / Velocidad e máxima 245 km/h / 0 – 100 km/h 6,9 segundos / Consumo cidade: 6,9 km / l – estrada: 11,7 km / l / Consumo real cidade: 5,3 km/l – estrada: 8,3 km/l