29/06/2020 - 11:24
Nossa parceira italiana Quattroruote já testou a nova geração do Honda Fit – e dessa vez começando pela versão aventureira, chamada de Crosstar por lá (aqui se chamava Twist, depois virou o Honda WR-V). Ela tem um estilo que o leva para perto dos SUVs compactos.
Mas o destaque é outro: agora, ao menos na Europa, o Honda Fit é sempre híbrido. Aqui no Brasil, manterá também a versão tradicional, que deve ganhar o motor 1.0 Turbo. O que não nos impedirá de ter essa variante híbrida avaliada agora. Mostramos aqui as primeiras impressões, e nosso teste completo você verá em breve, na nova edição da revista MOTOR SHOW e também aqui no site.
Na cidade, que sempre foi o cenário ideal do Fit (na Europa chamado de Jazz), ele sempre foi um carro bem econômico, mas agora, com o sistema híbrido, teve resultados excelentes, impressionantes. Marcamos 25,8 km/litro de média. Ou seja, dá para percorrer mais de 1.000 km na cidade com um único tanque de gasolina. Na estrada, porém, como acontece com todo híbrido, o resultado não impressionou tanto: 14,5 km/l.
PRÁTICO E FUNCIONAL, COMO SEMPRE
Comparado ao Honda Fit (ou Jazz) “normal”, o Crosstar é cerca de três centímetros mais alto. Proteções de plástico preto nos pára-choques, na parte inferior lateral e nos arcos das rodas: mais que proteger de arbustos e galhos secos, são úteis para proteger o carro no estacionamento.
Mas o melhor do carro está na cabine, como sempre. O espaço é notável, vendo as dimensões externas. Especialmente atrás, onde você quase consegue esticar as pernas. Mas o trem de força híbrido ocupava muito espaço, e o total não passa de tímidos 261 litros. Felizmente, os assentos “mágicos” continuam. Assim como os muito porta-objetos, incluindo os suportes para garrafas nas extremidades do painel, na frente das saídas de ar.
Um novo minimalismo aparece no design do painel, embelezado com inserções de tecido para disfarçar o excesso de plástico duro.Um carro que não conquista com efeitos cenográficos, mas com racionalidade. Exemplo? No infeliz caso de uma garrafa de água sem tampa cair nos assentos, o tecido é impermeável.
TECNOLOGIA DA FAMÍLIA
No sistema multimídia, o novo Honda Fit / Jazz tem uma nova tela sensível ao toque de 9,1 polegadas, que estreou recentemente no “Honda e”, primo de emissão zero (leia mais aqui sobre ele). Mas o painel de instrumentos tem tela colorida pequena (7 polegadas) e é um pouco confusa.
Com uma condução relaxada, o powertrain híbrido favorece aceleradas suaves. Com calma, o motor quatro cilindros a gasolina entra em ação discretamente para ajudar o elétrico, sem que o motorista perceba. Nem se percebe a ausência da caixa de câmbio, substituída por uma caixa de redução suave e contida.
Pedindo mais desempenho, o som do motor a gasolina – que, junto com o elétrico, uma garantir certo brilho – se manifesta na cabine com ruído acentuado. Afinal, nessa situação o quatro cilindros precisa produzir a energia necessária para o gerador e, assim, acionar o motor elétrico, que é conectado diretamente às rodas.
Embora o Crosstar não transmita emoções fortes ao volante, direção e suspensões conversam bem entre si, como se fossem a extensão natural um do outro. O primeiro é voltado para o conforto, mas ainda oferecer boa precisão e progressividade. As segundas são equilibradas e confortáveis, mas deixam a carroceria deitar nas curvas.
O silêncio reina a bordo. Pelo menos até você pegar a estrada. Nela, com o quatro cilindros sempre ativo (e em alta rotação a 130 km/h), você é obrigado a elevar a voz um pouco mais do que o necessário para conversar sem dificuldade.
O sistema Honda Connect tem navegação simples, graças aos grandes ícones e botões físicos ao lado da tela. Além disso, há conectividade sem fio do Apple CarPlay (mas, para Android precisa do cabo). E um assistente pessoal funciona com a frase “Ok, Honda”
O SISTEMA HÍBRIDO
O novo Honda Fit / Jazz retoma o peculiar sistema híbrido da série I-Mmd do CR-V. O que é um pouco diferente do habitual: o protagonista é o motor elétrico, que, na maioria dos casos, fornece tração, enquanto o motor a gasolina aciona um gerador que produz a energia necessária para alimentar a bateria.
Somente em velocidades mais altas e constantes a eficiência dessa solução diminui, e o motor a gasolina se encarrega da propulsão: uma embreagem fecha e o conecta às rodas. Pisando fundo, o elétrico entra novamente para mover as rodas. Em trechos curtos e de baixa velocidade, é possível o modo 100% elétrico (EV), no qual o motor é alimentado diretamente pela bateria de íons de lítio.
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