Mariana Becker já presenciou diversas etapas de Fórmula 1, viajando de Suzuka a Silverstone. Atualmente, a jornalista é correspondente oficial da Band e moradora do país que carrega um dos circuitos mais tradicionais do mundo: Mônaco.

Em entrevista exclusiva à MOTOR SHOW, Becker elogiou Gabriel Bortoleto (Stake Sauber), fez uma leitura ampla da temporada de 2025 e revelou como está o clima nos arredores do paddock com a entrada de uma 13º equipe no próximo ano.

Mariana Becker, jornalista de Fórmula 1 – Foto: Divulgação/Acervo Pessoal

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Volta de um brasileiro ao grid

Mariana não esconde a admiração pelo rookie brasileiro, Bortoleto, e pelo feito que é sua presença na F1. Ao longo dos últimos meses ambos foram flagrados em conversas e entrevistas durante as primeiras etapas desta temporada.

“O Gabriel [Bortoleto] é um baita piloto, ele está numa equipe que ainda está se estruturando. Então se ele conseguir passar por esse período de maturação ele vai conseguir tirar o que tem de melhor dessa fase”, começa a jornalista.

Apesar de não contar com um carro competitivo e enfrentar falhas diariamente, o paulista ainda mostra sua competitividade e competência com manobras e pilotagens admiráveis.

“A gente tem que lembrar que o Gabriel está vindo de dois anos brigando sempre pela vitória, pelo título do campeonato, e de repente, quando chega onde ele sonha, ele fica andando lá atrás, e sem a esperança de poder estar lá na frente. Então, é constantemente lidar com a frustração, e toda vez ter que explicar o rendimento. Então, eu acho que é um período de aprendizado muito duro, mas muito importante para ele”

A comunicadora reforça que apenas a participação do jovem piloto é um grande motivo de orgulho para os fãs brasileiros, já que a categoria passou tantos anos sem contar com esportistas do Brasil competindo.

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Entrada da Cadillac em 2026

Sobre o clima de uma nova comitiva adentrando a competição em 2026, Becker conta que as discussões giram em torno da repartição do bônus ao final do ano – já que a adição de uma nova escuderia, que promete ser competitiva, diminui a parcela igualitária entre as que já estão estão consolidadas.

Além disso, no momento atual, todos os rumores que acompanham os eventos relacionados à modalidade repetem a mesma grande questão: quais serão os nomes escolhidos para assumir as vagas?

“Óbvio que como brasileiros, ficamos na expectativa com o Felipe [Drugovich] – em uma conversa ele falou ‘estou eu e a torcida do Flamengo, todo mundo querendo’. Também temos o outro lado com a chance do Pérez, mas pela lógica eles devem pegar pelo menos um piloto com muita experiência para poder guiar a equipe e outro que pode ser mais novo, talvez um grande talento, e provavelmente um americano, pela origem da companhia”, contou a jornalista. 

Carro-conceito da GM/Cadillac
Carro-conceito da GM/Cadillac para a Fórmula 1 – Crédito: Divulgação/GM

Temporada de 2025

Com foco nas corridas deste ano, a comentarista reforça que a McLaren surge como a segunda favorita, com um carro forte “em quase todo tipo de pista e mais equilibrado”. Ainda sim, a pilotagem de Max Verstappen e o desenvolvimento da Red Bull conseguem superar a escuderia britânica em alguns circuitos.

“Então o clima está super interessante, pelo menos por enquanto, não é aquela tensão de o piloto que começa na frente chegar na frente sem nenhum esforço. Voltamos a ver mais brigas e promessas com os novatos – creio que o Hadjar tem ganhado o maior destaque até agora”, completa. 

Apesar da leitura geral, a especialista esportiva não possui um palpite certeiro sobre como o resto das etapas deve acontecer. Porém, a competitividade dos primeiros circuitos deve continuar a se repetir, garantindo brigas acirradas por ambos os campeonatos. 

*Estagiária sob supervisão