01/09/2010 - 0:00
Vendido por R$ 49.900, o smart Brazilian Edition mhd – ou simplesmente smart mhd – não é apenas uma série limitada barata com a bandeira do Brasil (um adesivo). O que há de especial na versão é a sigla mhd (micro-hybrid drive). Na verdade, um carro a gasolina, equipado com start/stop (liga/desliga).
A sigla mhd identi ca o sistema start/stop que estreia no Brasil, mas já é utilizado há anos na Europa por várias montadoras
Antes de esclarecer o funcionamento do sistema, é bom dizer que, em relação aos demais smart, o mhd tem o mesmo motor 1.0 três cilindros, mas sem o turbo: são 71 cv contra 84 cv. O desempenho é inferior – equivale ao de um 1.0 maior, como um Gol. Os pneus têm perfil mais alto e mais borracha, o que significa mais conforto (mas, ainda assim, não muito). Ele não tem ainda direção hidráulica, o que torna o volante pesado em manobras. E, nalmente, não tem as borboletas no volante – para trocar marchas manualmente, só na alavanca. Agora, vamos ao start/stop:
O que é o sistema start/stop?
O sistema, que existe na Europa há anos, desliga o motor sempre que a velocidade está abaixo de 8 km/h – com o motorista pisando no freio. Parou no farol, ele desliga. Tirou o pé do freio, ele liga. O trânsito parou, ele desliga. Tirou o pé do freio, ele liga. Circulando no trânsito de São Paulo, posso dizer que testei o sistema à exaustão. E o motor é sempre religado rapidamente, sem atrapalhar a condução ou o motorista de trás.
Qual a vantagem?
Enquanto os outros carros estão parados com seus motores consumindo combustível (e dinheiro), fazendo barulho e emitindo poluentes, o smart mhd está desligado. A economia acontece na cidade, no anda e para. Quanto mais ficar parado, melhor: a economia de gasolina pode facilmente passar dos 20%.
Desligar o motor a toda hora não gasta mais combustível?
Em um carro comum, se você ficar menos de dois minutos com ele desligado, sim. No smart mhd, não. Isso porque, na partida, ele injeta menos combustível que o normal, justamente para tornar ainda mais vantajoso o uso do sistema.
Motor de arranque e alternador são sobrecarregados?
Aí está o “pulo do gato”: no lugar dos dois componentes, que sofreriam desgaste precoce, ele tem um gerador. Conectado ao motor por uma correia, ele o liga mais rapidamente do que o sistema convencional (no qual o motor de arranque atua por alguns momentos), e sem desgaste.
Afinal, vale a pena?
Para o uso em grandes cidades, com congestionamentos frequentes, o carro é ideal. Ele não roda com etanol, mas gasta pouquíssima gasolina. Mas talvez você prefira esperar a versão 2010 do smart, que foi reestilizado e deve chegar às lojas nos próximos meses (confira as fotos à esquerda).
ELÉTRICO SÓ NA EUROPA
smart electric drive mostra no painel quantas árvores você está “salvando”
Acima, o modelo 2010, que, em breve, chega ao Brasil. São novos o farol, a grade e a tela touch screen no painel