Depois de renovar sua linha com a família Argo/Cronos, a Fiat estuda outros segmentos para se fortalecer e se expandir na recuperação que é prevista para nosso mercado nos próximos anos. “Enxergamos um panorama muito favorável, com política econômica de baixos juros, inflação baixa e confiança crescente”, diz o presidente da FCA na América Latina, Antonio Filosa. O plano é que a Fiat do Brasil passe a ser protagonista no desenvolvimento de futuros veículos da marca, e para isso a empresa tem um ambicioso plano de investimentos – são R$ 8 bilhões de hoje até 2023 – que levará a 15 novos lançamentos.

Entre os principais destaques da marca no Salão de São Paulo está o 500X, SUV (ou crossover, se preferir) com visual inspirado no simpático city car da Fiat mas que usa a mesma base do Jeep Renegade – e da Fiat Toro – que já são fabricados em Pernambuco. Ou seja, é forte candidato a ser feito lá também, finalmente (por nós teria sido feito desde o princípio).

Nascido na Europa em 2014, o 500X viria já na versão reestilizada este ano.  Junto com o facelift, ele estreia os motores Firefly turbo, derivados dos feitos aqui e que já chegaram ao Renegade europeu (mas não ao nacional): 3 cilindros 1.0 de 120 cv e o 4 cilindros 1.3 de 150 cv. Já as transmissões, por lá, são manual ou de dupla embreagem, ambas de seis marchas. Com porte e porta-malas muito similares aos do Renegade, o espaço é mais que suficiente para quatro pessoas, e a altura do assento garante uma posição de dirigir elevada, ótima e visão da estrada.

Se o 500X vem para o Brasil? Estão aqui para testar a reação do público. Achamos que vai agradar. Segundo Filosa, o modelo poderia ser importado com a cotação do dólar abaixo de R$ 3,30. Já Herlander Zola afirma que tanto a importação quanto a produção nacional estão sendo estudados. Depende de como o governo Bolsonaro mexer em taxas de importação e impostos. Mas aparentemente a Fiat já está decidida a esse respeito — e em breve o modelo estará entre nós.

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