23/08/2025 - 15:00
Topolino, que tem como tradução o termo “ratinho” ou “pequeno camundongo”, pode remeter a um outro modelo lendário da Fiat, produzido entre meados dos anos 30 e anos 50. Era um carrinho bem pequeno, com cerca de 3,2 m de comprimento e espaço para não mais que três pessoas de estatura pequena. Foi também, inclusive, o marco de estreia do tradicional Fiat 500, atuando mais ou menos como seu antecessor.
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O novo Topolino
Porém, desde 2023, Topolino se refere a outro modelo da Fiat, ainda menor. Esse renascimento do clássico carrinho dos anos 30 só foi possível graças a união entre Fiat e Peugeot-Citroën, nessa era Stellantis. Isso porque o novo Topolino, na realidade, é um Citroën Ami remodelado, com identidade visual própria da marca italiana.
Calma, te explico quem é esse tal de Ami: é um veículo que, por lei, é tido como um quadriciclo com duas portas, o que limita sua velocidade máxima a 45 km/h e também proíbe a circulação em algumas vias, como estradas, por exemplo. Simpático, tem formato quadrado, carroceria estreita e alta, e espaço para duas pessoas lado a lado. Em resumo, um legítimo quadriciclo com um “corpinho” claramente europeu.
Frente ao Ami, o Topolino traz dianteira e traseira exclusivas (mudam faróis, lanternas e linhas gerais), bem como laterais redesenhadas, rodas diferentes e outros detalhes estéticos para remeter principalmente ao Fiat 500 dos anos 50, aquele mais arredondado. Assim como seu irmão da Citroën, o Topolino é feito no Marrocos.
Topolino está à venda no Brasil
Essa nova versão do carrinho, lançada em 2023, está com algumas unidades à venda no Brasil: foram trazidas de forma independente pela WBC Trade, uma importadora que costuma comercializar alguns “bólidos” no Brasil, como Hummer EV, Cadillac Escalade, além de modelos da Ferrari, por exemplo. O pequeno Fiat é uma das suas apostas mais recentes: cada unidade do modelo sai por quase R$ 200 mil.
Seu uso, porém, é restrito a condomínios fechados, vias particulares, fazendas, empresas, entre outras áreas fechadas. Mais ou menos como alguns quadriciclos, mini-motos ou aqueles carrinhos a bateria para crianças. Não que o Topolino seja muito maior do que isso: de ponta a ponta, ele cabe entre os eixos de um Renault Kwid, e mal chega a 500 kg já pronto para uso, com bateria instalada e tudo mais.
Motorização e autonomia
A motorização é totalmente elétrica. Rende cerca de 8 cv de potência, e impulsiona as rodas da frente, que, aliás, são comandadas por um volante, como em carros convencionais. As baterias de 5,5 kWh de capacidade permitem autonomia de bons 75 km com uma carga, de acordo com medição pelo formato WMTC (mais ou menos como um WLTP, só que para motos e quadriciclos).
Prático, ele traz um carregador para tomadas residenciais de 220 V embutido, em que o fio pode ser retirado de um compartimento especial, mais ou menos como um eletrodoméstico. Segundo a fabricante, é possível 80% da carga em três horas conectado na energia.
Por dentro, dois bancos estreitos de estrutura simples, um painelzinho digital que lembra o dos Citroën C3 nacionais, e botões para comandar sua “transmissão”. Não há rádio nem multimídia, apenas um suporte para o celular, que, segundo a Fiat, pode servir como uma tela multifuncional. Dependendo, o carrinho traz até uma caixa de som embutida, com conexão Bluetooth, para reproduzir músicas do celular. Os cintos de segurança são de série.
Versão “despojada”
Na Europa, o carrinho é oferecido em duas configurações: a tradicional e a DolceVita, essa segunda dispensando portas e janelas laterais, como um carrinho de golfe. Para proteger os passageiros, e dar mais charme ao Topolino, duas cordas presas com ganchos fazem o papel das portas. Essa versão também é trazida pela WBC.
