Aparentemente, o brasileiro tem repensado as formas de adquirir carros 0 km, e o financiamento tem falado alto na hora da negociação, em que pese a maior taxa Selic de juros, que chegou a 14,75% ao ano em maio. Segundo dados da Bolsa B3, em maio, foram mais de 602 mil veículos novos e usados adquiridos com financiamento no Brasil, incluindo carros de passeio, motocicletas e veículos pesados.  

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Esse número representa uma alta de 4,3% frente a maio de 2024, quando cerca de 577 mil veículos foram comprados em parcelas. Quando comparado com abril de 2025, mês anterior, outro aumento ainda maior: 6,1% (aproximadamente 567 mil unidades).  

VW Polo Track – Foto: VW/divulgação

No segmento de autos leves, houve um crescimento de 1,4% ante maio de 2024. Comparado a abril de 2025, o saldo foi 4,7% maior. Já o financiamento de motos cresceu 2,3% em relação a abril de 2025, e 4,7% em relação a maio de 2024. O número de financiamentos de veículos pesados no mês passado foi 2,1% menor do que em maio de 2024, e 2,1% inferior a abril de 2025. Todos números da B3, vale falar.  

No acumulado de 2025, até o mês de maio, as vendas de veículos financiadas somaram quase 2.85 milhões de exemplares, entre novos e usados. Esse número apresentou estabilidade em relação aos cinco primeiros meses de 2024. 

Honda CG160 2025 – Foto: Honda/divulgação

Em São Paulo

Em maio, o Estado de São Paulo foi responsável pelo financiamento de 154,8 mil veículos, entre novos e usados, pelos dados da B3. O número representa uma queda de 2,9% em relação ao mesmo período de 2024, porém com alta de 5,7% no comparativo com abril de 2025. 

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A maior redução frente a maio de 2024 foi no segmento de pesados, que diminuiu 9,7%, enquanto o de motos caiu cerca de 8% e o de veículos leves, quase 3%. Se comparado com abril de 2025, em contrapartida, só aumentos: 4,5% a mais para os leves, 4,4% adicionais para motos e 3,4% na categoria dos pesados.  

Para Thiago Gaspar, Superintendente de Relacionamento com Clientes e Relações Institucionais na B3, o setor se mantém estável em âmbito nacional. “há sinais de retomada no ritmo de mercado”, diz.