16/12/2025 - 12:16
O Uni-T vêm aí. A Changan foi apresentada oficialmente no Salão do Automóvel de São Paulo, agora em novembro, e veio através da Caoa. Mostrou sua linha mais premium, a Avatr, com carrões ultra-tecnológicos, de design futurista e proposta bem luxuosa. Mas, não só deles a Changan vai viver no Brasil: uma das grandes apostas para 2026 será o SUV médio Uni-T.
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Como é o Uni-T?
Com jeitão arrojado e carroceria meio coupé, ele segue uma cartilha similar à do Omoda 5, porém mais agradável no conjunto da obra. Apesar de não parecer, ele é de porte médio, maior que Jeep Compass ou Toyota Corolla Cross, por exemplo: tem 4,51 m de comprimento, 1,87 m de largura e 2,71 m de entre-eixos, esse superando os dois concorrentes citados em 7 cm, aproximadamente.

Só perde para esses dois futuros rivais na altura, de apenas 1,56 m, o que colabora com seu jeitão mais dinâmico e esportivo. Em alguns mercados, ele também mostra apenas 350 litros de capacidade do porta-malas, bem contido para seu tamanho. Hoje os hatches compactos rondam os 300 litros, enquanto SUVs médios podem chegar nos 500, dependendo.

Motor 1.5 turbo
De qualquer forma, ele deverá cativar pelo design ousado, com pegada coupé, vários vincos e cantos vivos, exalando certa esportividade. Isso até faz sentido ao analisar sua motorização: ele é oferecido com um 1.5 turbo a gasolina, de quatro cilindros, duplo comando variável e injeção direta, que entrega algo próximo dos 180 cv de potência, superando a maioria dos outros SUVs médios similares oferecidos por aqui.

O que brilha, porém, é o torque de 30,6 mkgf, que, aproveitado por uma transmissão automatizada de dupla embreagem e sete velocidades, garante performance interessante ao Changan Uni-T. Os números oficiais fazem jus ao seu estilo: demora menos de 8 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, com máxima ao redor dos 200 km/h, ao menos em outros mercados mundo afora. Todos os freios são a disco (dianteiros ventilados), e as suspensões independentes nas quatro rodas prometem melhorar a dinâmica, junto do eixo traseiro multilink.
Curiosamente, esse powertrain não se aproveita de eletrificação, como acontece com outros chineses. Aposta na boa e velha combustão interna, sem motores elétricos adicionais, baterias de tração e muito menos tomada para recargas em fontes de energia. Mais tradicional, o trem-de-força do Uni-T deverá se apoiar nos bons números que entrega, e ainda pode prometer uma futura versão flex, que queime também etanol.

Promete bom conteúdo
E, por mais que já seja um carro com cinco anos de mercado, o Changan Uni-T ainda agrada pelas tecnologias que pode trazer ao Brasil: maçanetas retráteis, tampa do porta-malas elétrica, rodas de até 20 polegadas, multimídia e instrumentação digital de 10,3 pol. cada, bancos dianteiros com ajustes elétricos, ventilação e aquecimento de banco para motorista e copiloto, iluminação ambiente em LED personalizável, joystick para controle da transmissão, teto-solar panorâmico, função Park Assist, partida remota do motor, e um pacote ADAS dos mais recheados. Isso, claro, considerando suas versões mais caras de outros mercados mundo afora.
Em testes, e com companhia
O Uni-T foi flagrado camuflado em testes pelos leitores Carlos Teruo e Leonardo França, e já parece estar quase pronto para estrear por aqui. Ao lado dele, outro Changan, o CS55, SUV um pouco maior e mais alto. Também usa motor 1.5 turbo e câmbio DCT, embora aposte numa receita convencional para o segmento, com linhas limpas, teto alto e plano, sem o lado esportivo do seu irmão Uni-T. Os dois, inclusive, devem chegar ao mercado em datas próximas, possivelmente dentro do primeiro semestre de 2026.
















