Fomos ao Campo de Provas da Ford, no interior de São Paulo, para conhecer mais da rotina dos engenheiros, assim como dos recursos tecnológicos e das instalações da filial brasileira.

Agora, renomeado para Centro de Desenvolvimento e de Tecnologia de Tatuí, o lugar passou a ser um hub de prestação de serviços podendo ser contratado por outras montadoras e fabricantes de componentes, que não dispõem desta estrutura. A expectativa de receita para a Ford Brasil já em 2022 é de R$ 500 milhões.

Cerca de 85% do trabalho desenvolvido pela Ford Brasil serve para dar apoio a Ford globalmente, sendo que Tatuí é um dos sete centros de testes espalhados ao redor do mundo. Entre eles, Michigan, Dearborn e Arizona, nos Estados Unidos, Lommel (Bélgica), Nanquim (China) e You Yangs (Austrália). “Existe uma correlação entre os campos de testes espalhados ao redor do mundo”, conta Alex Machado, Diretor de Desenvolvimento da Ford América do Sul.

Instalado em uma área de 4,66 milhões de metros quadrados, dos quais 3,63 milhões de área verde, atualmente, são 1.500 profissionais distribuídos entre Camaçari e o Campo de Provas, que reúne 20 quilômetros de pistas pavimentadas e 40 quilômetros de não pavimentadas, incluindo trechos de areia, cascalho, lama e de 4×4 extremo, que pode ser encarado por veículos dotados de tração com reduzida. Desta forma, podendo simular diferentes condições de pavimentos e de asfalto globalmente.

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Em Tatuí, também são efetuados testes em laboratórios e virtuais. E durante nossa visita, tivemos a oportunidade de conhecer o de gravação/análise de ruídos, de emissão de poluentes, o equipamento responsável por simular diversas condições de pisos, como lombadas, valetas, depressões e buracos presentes na via, além do robô instalado no volante de um Ford Bronco Sport Wildtrak responsável por realizar os testes de repetibilidade. Em Tatuí, também haverá antena 5G e sensores de pista para efetuar os testes com veículos autônomos.

Ford Tatuí
Foto: Divulgação
Ford Mustang Mach-E

A cereja do bolo foi ver estaticamente o Ford Mustang Mach-E e o Transit elétrico. “A Ford vai investir US$ 50 milhões para acelerar a eletrificação ao redor do mundo nos próximos cinco anos”, comenta Alex Machado.

Eles são dois dos carros movidos a eletricidade da Ford ao lado da F-150. Contudo, eles foram importados para testes e não tem previsão de serem comercializados em nosso mercado. Com 480 cv de potência e quase 90 kgfm de torque, o Mustang Mach-E faz de 0 a 100 km/h em breves 3,6 segundos, enquanto a tração é integral. Entre os pontos altos, estão a ausência das maçanetas, com a abertura das portas realizadas por meio de um botão, além da posição de dirigir e da qualidade dos materiais empregados no acabamento.

Foto: Divulgação

A Ford deixou de fabricar veículos no Brasil, mas ela continua (bem) atuante em nosso mercado. E isso fica comprovado pela oferta de produtos à venda da mesma forma que os investimentos realizados na área de engenheira veicular e de desenvolvimento.

 

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