09/07/2025 - 11:00
“Ford chinês?”. Sim! O Territory é feito lá, onde se chama Equator Sport. O modelo recebeu novidades visuais na linha 2026, bem como novos acabamentos internos e mais equipamentos de série, para ficar páreo aos rivais. Dentre eles, o GWM Haval H6 HEV2, híbrido e também feito na China, com quem a própria Ford diz que o Territory compete no segmento de SUVs médios.
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R$ 5 mil separam as tabelas de um e de outro: o Territory 2026 custa R$ 215 mil (mesmo valor da linha anterior), enquanto o Haval H6 HEV2 sai por R$ 220 mil. E aí? Veja motorização, desempenho e consumo, espaço interno e porta-malas, além do que cada um oferece de série, numa briga de quatro rounds:
Motorização
O Territory vem com um motor 1.5 turbo só a gasolina, com duplo comando variável e injeção direta, que fornece 169 cv de potência com 25,5 mkgf de torque. Quem administra isso é uma transmissão automatizada de dupla embreagem com sete velocidades, e a tração é sempre dianteira. Não há nada de eletrificação no seu powertrain, e a Ford não planeja trazer a versão híbrida do modelo, já disponível no exterior.
O GWM é híbrido de nascença. Une motor 1.5 turbo a gasolina aliado a um motor elétrico, alimentado por baterias de 1,6 kWh de capacidade, totalizando 243 cv de potência e 54 mkgf de torque. A tração é sempre dianteira, e quem administra o conjunto é uma transmissão automática dedicada para híbridos.
Desempenho e consumo
Em resumo, por conta da eletrificação, quem ganha esse round é o Haval H6. Oficialmente, o Territory cumpre a prova de 0 a 100 km/h em pouco mais de 10 segundos. O Haval é bem mais ágil, pelos números oficiais: são menos de 8 segundos no 0 a 100 km/h, porém com máxima limitada em 175 km/h. O Territory vai um pouquinho mais longe: corta em 180 km/h, também com limitador eletrônico.
No consumo, outra vantagem do modelo híbrido, que consegue percorrer até 14,0 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada, frente aos 8,8 km/l e 11,2 km/l do Ford, na ordem. Os dois bebem gasolina, e tem tanque com a mesma capacidade: 60 litros.
Espaço interno e porta-malas
Os dois compartilham dimensões parecidas, incluindo comprimento, altura e entre-eixos, mas o Ford sai na frente com quase 1,93 m de largura, ante 1,88 m do GWM. Isso se reflete numa folga de espaço maior no banco traseiro, onde três adultos podem se acomodar com menos aperto. No geral, o Territory é mais amplo no vão para pernas e espaço para a cabeça na cabine, mas perde feio no tamanho do porta-malas: pela ficha técnica, o Haval tem 530 litros, contra 448 do Ford.
Itens de série
Estão nos dois carros teto-solar panorâmico, sensores de chuva e crepuscular, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, conjunto óptico full-LED, bancos dianteiros com ajustes elétricos e ventilação, retrovisores externos com rebatimento elétrico, freios a disco nas quatro rodas, suspensões independentes, ar digital automático dual zone com saídas traseiras, controle eletrônico de descidas, carregador de celular sem fio, câmeras 360º, seletor de modos de condução, painel de instrumentos digital, rodas aro 19, tampa do porta-malas com abertura e fechamento elétricos, retrovisor interno fotocrômico e amplo pacote ADAS.
Adicionais do Haval incluem head-up display, filtro de ar N95 para a cabine, frenagem automática após colisão traseira, função de ajuste da velocidade em curvas no piloto automático adaptativo (ACC), sistema de auto reverse (pode refazer sozinho balizas apertadas ou manobras complicadas), função de desvio inteligente em ultrapassagens (pode afastar o carro sozinho de outros veículos), leitor de placas de sinalização, multimídia com GPS nativo, internet a bordo, seletor de peso da direção elétrica, além de faróis de neblina em LED.
O Territory compensa com menos: só ele tem seletor de cores para a iluminação ambiente em LED (só azul no GWM), bancos dianteiros com aquecimento, painel de instrumentos maior (12,3”, contra 10,2” do Haval), e sistema de som com efeito 3D.
Garantia? Três anos sem limite de quilometragem para o Ford, ou cinco anos, também com km ilimitada, para o GWM. Os Haval H6 ainda tem cobertura separada para o conjunto elétrico, com oito anos ou 200 mil km, o que ocorrer primeiro.
Conclusão
O Haval H6, além da motorização híbrida, brinda com vários itens indisponíveis no Territory 2026, especialmente os de assistência a condução e tecnologia. O Ford agrada quem busca mais espaço interno (porém com menos porta-malas), ou então o consumidor que ainda não está pronto para encarar um híbrido, mesmo que seja convencional. Além disso, há quem não confie nas marcas chinesas presentes no Brasil, como a GWM, preferindo outras mais tradicionais, como a Ford.
