Para quem acha que os híbridos não bastam, existem os híbridos plug-in. Esses esportivos que você vê aqui estariam condenados à extinção se não fossem plugados nas tomadas – pois não respeitariam os limites de emissão de CO2. Mais do que uma motivação técnica, a opção pelos plug-in vem dos ciclos de teste de homologação e consumo, que favorecem essa solução.

A emissão de CO2 para recarregar as baterias na rede elétrica, por exemplo, é considerada zero – embora, de acordo com a Agência Internacional de Energia, as centrais europeias emitam 250 g do gás por kWh produzido (no Brasil, que usa energia com origem em hidrelétricas, o número cai para 87 g/kWh, ainda longe do zero). Além disso, as normas não levam em conta que, no final do teste, as baterias estão descarregadas – e precisam ser recarregadas. Com essas “ajudas” e a eficiência superior da combinação de um motor a combustão com um elétrico, ao menos nos testes de homologação esses superesportivos plug-in consomem muito pouco combustível. Os valores acima são incríveis, considerando suas manadas de cavalos. Isso é resultado de muita tecnologia – como mostramos nas páginas a seguir.

É importante deixar claro que o fato de serem “supercarros” torna mais fácil introduzir tecnologias novas – e caras. É bem mais difícil fazer isso em modelos destinados ao consumidor comum, como o Toyota Prius.

E também é importante notar que, pelo uso de uma maior quantidade de baterias, esses carros podem ser considerados “dois-em-um”: elétricos com autonomia suficiente para o uso urbano; híbridos para viagens mais longas. Além disso, você pode ter motores que proporcionam uma sensação de potência muito maior, pois o motor elétrico ajuda o térmico com sua disponibilidade instantânea de torque – garantindo um comportamento brilhante, apesar do sobrepeso causado pelos componentes elétricos.