O logotipo acima é uma das únicas diferenças externas do carro

Quem passar pelo estande da Ford no Salão do Automóvel poderá conferir o segundo carro híbrido a desembarcar no Brasil (o Mercedes-Benz S400 Hybrid – leia reportagem completa nesta edição, na seção de Lançamentos – foi o primeiro). Desenvolvido pelos americanos, o Fusion está previsto para chegar às concessionárias até o final deste ano, importado do México. Por fora, o carro continuará basicamente o mesmo. O diferencial estará na inscrição traseira: o símbolo de uma estrada, que termina em uma folha verde, com a palavra em inglês “hybrid”, que indica que o modelo possui mais de uma fonte de propulsão.

Para encontrar esse diferencial, melhor do que abrir o capô para olhar o motor é checar o painel com tela de LCD. Ali estão as informações sobre a fonte de energia que está sendo utilizada enquanto se acelera. Se a parte direita do velocímetro analógico estiver acesa, significa que a gasolina está impulsionando o motor quatro cilindros de 2,5 litros e 157 cv. Isso ocorre no arranque e em velocidades acima de 75 km/h. Em baixas velocidades, a parte esquerda do painel se destaca. É o motor elétrico de 35 cv, alimentado pelas baterias de hidreto metálico de níquel, que está em ação. O recarregamento das baterias é realizado quando o motor a combustão está em funcionamento sozinho e também nos momentos de desaceleração, através do sistema de recuperação de energia da frenagem.

Se a parte direita do velocímetro estiver acesa, o carro está sendo movido pelo motor a combustão; se a esquerda estiver iluminada, a propulsão é elétrica. Quanto mais folhas verdes aparecerem, maior está sendo a economia. Abaixo, a tela que mostra o trabalho do sistema híbrido

Para medir a qualidade da sua pilotagem, quanto mais folhas verdes iluminarem a parte mais à direita do painel, maior será a economia de energia. “Estamos saindo de um mundo movido exclusivamente por combustíveis fósseis para fontes híbridas, como a bateria”, diz o gerente de programa powertrain Corey Weaver. “O desenvolvimento desses carros busca economia de combustível sem perder desempenho”, completa ele.

O que se pôde notar na pista de testes da montadora em Dearborn, nos EUA, é que o carro fica mais silencioso quando está sendo movido pela fonte alternativa de energia. Na saída, o sistema Intake Variable Cam Timing (iVCT) permite a troca suave do motor elétrico para o motor a combustão.

Entretanto, a pista curta não permitiu que atingíssemos velocidade superior a 75 km/h para checar o desempenho e o comportamento do Fusion na passagem inversa, do gasolina para o elétrico. Isso deixaremos para testar em solo brasileiro.

Segundo a montadora, a máxima do modelo é de 180 km/h. A autonomia é de 1.120 km, sendo o consumo de 17,4 km/l na cidade e de 15,3 km/l na estrada. Nos EUA, o custa US$ 27,2 mil, mas, no Brasil, a montadora ainda não definiu o preço para o consumidor. É provável que ele custe, no mínimo, R$ 30 mil a mais que o Fusion top de linha, que sai por R$ 100 mil.