03/11/2025 - 14:30
O BYD Dolphin já fez fama, mas nem por isso vai poder deitar na cama. Isso porque o Geely EX2 promete vir aí com a missão de incomodá-lo, mais ou menos como a GWM fez com o Ora 03. Mas, lado a lado, quais as semelhanças e diferenças entre Geely EX2 e BYD Dolphin? Vejamos…
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Tamanho
A começar pelo design, os dois parecem beber da mesma fonte: são “gordinhos”, arredondados, limpos e fluídos, apostando num estilo com um quê de monovolume. Lembram um Honda Fit, por exemplo: teto alto, frente curta, traseira elevada e foco no espaço interno e modularidade. Nas dimensões, o Geely tem 4,13 m de comprimento, 1,80 m de largura, 1,57 m de altura e bons 2,65 m de entre-eixos, o mesmo de um VW T-Cross. Isso com porta-malas homologado de 375 litros, falando do mercado chinês.
Enquanto isso, o BYD Dolphin mede 4,12 m X 1,77 m X 1,57 m X 2,70 m, na ordem. Com isso, mantém o comprimento da carroceria, só que é um pouco mais estreito, ganhando bons 5 cm na distância entre-eixos frente ao seu concorrente da Geely. Porém, no porta-malas, ele oferece 30 litros a menos no padrão chinês: 345 litros.
Interior
Por dentro, o Dolphin segue uma filosofia de design mais “autêntica”, digamos assim. O Geely EX2 é mais tradicional (ou “genérico”), com volante de dois raios, uma enorme multimídia central e algumas decorações exclusivas. Lembra o irmão maior EX5 por dentro, seguindo uma filosofia visual similar.
Motorização e autonomia
Na motorização, o Geely EX2 é oferecido em duas opções elétricas para o mercado chinês: uma mais simples com com cerca de 80 cv de potência e 13,5 mkgf de torque, e outro com 116 cv e 16,5 mkgf. Na primeira opção, mais fraca, sua velocidade máxima ronda os 125 km/h, enquanto na segunda, mais forte, esse número sobe para aproximadamente 135 km/h.
O primeiro powertrain (80 cv) utiliza baterias de tração menores, de 30 kWh, que proporcionam 310 km de autonomia no ciclo CLTC. Já o segundo (116 cv) traz uma bateria de 40 kWh, elevando o alcance máximo em cerca de 100 km (410 km totais). Ambas são fornecidas pela gigante chinesa CATL e são feitas de fosfato de ferro-lítio.
Enquanto isso, o BYD Dolphin GS usa um motor elétrico de 95 cv de potência com 18,3 mkgf de torque, que permite velocidade máxima de 160 km/h. Sua bateria de tração é de quase 45 kWh de capacidade, permitindo autonomia de 420 km (CLTC), um pouquinho maior que a do Geely mais poderoso. No caso do Dolphin Mini, os números já se aproximam do Geely de entrada: 75 cv, 13,8 mkgf e bateria de 38 kWh, para render 405 km de autonomia (ciclo CLTC).
Equipamentos de série
Entre os equipamentos de série, o hatch EX2 pode oferecer central multimídia de até 14,6”, painel de instrumentos digital de 8,8”, pacote ADAS de nível 2 (com controle de cruzeiro adaptativo, leitor de placas, assistente de permanência em faixa e outros recursos), além de iluminação interna em LED configurável, carregador de celular por indução e conjunto óptico full LED. Nesse caso, falamos do pacote mais recheado, com itens indisponíveis nos Dolphin Mini e GS, caso do pacote ADAS.
Na parte mecânica, o Geely segue o padrão do segmento, com freios a disco nas quatro rodas e suspensão traseira por eixo de torção, enquanto a dianteira utiliza o sistema McPherson. Mesma construção dos rivais da BYD, vale falar.
Geely EX2 é líder de vendas na China
Porém, se tem um ponto que o Geely EX2 sai na frente dos Dolphin é nas vendas na China. Segundo a CPCA, equivalente à nossa Fenabrave, ele hoje é líder de vendas dentre os carros de passeio no país da Grande Muralha, com mais de 300 mil unidades emplacadas desde janeiro. Só em agosto, foram mais de 48 mil delas. A BYD, em contrapartida, ainda supera a Geely no quesito fabricante, com mais vendas totais.
