14/11/2025 - 8:00
A Geely fez do EX2, seu mais novo hatch elétrico no Brasil, uma tremenda pedra no sapato do BYD Dolphin Mini e Dolphin GS. Isso porque o Geely traz os preços do primeiro, menores, com o porte do segundo, maior. De qualquer forma, vamos focar na faixa dos R$ 120 mil, onde está o EX2 Pro com preço especial de lançamento, e o BYD Dolphin Mini GS. Briga boa!
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Vamos dividir esse comparativo em cinco seções: motorização, desempenho e autonomia, espaço interno e porta-malas, equipamentos de série e garantia/concessionárias. Que comecem os jogos…
Motorização
Vitória do Geely EX2, que oferece 116 cv de potência com 15,3 mkgf de torque, números superiores aos 75 cv e 13,8 mkgf do rival da BYD. O Dolphin Mini, porém, é 60 kg mais leve na balança, com cerca de 1.240 kg, versus 1.300 do Geely. Na relação peso X potência, falamos de 11,2 kg/cv no EX2, enquanto o BYD fecha a conta com 16,5 kg/cv.
Desempenho e autonomia
O Geely sai na frente na performance, já que oferece torque maior e melhor relação peso X potência. Oficialmente, demora 10,2 segundos na prova de 0 a 100 km/h, correndo até os 140 km/h de velocidade máxima. Enquanto isso, o Dolphin Mini cumpre as mesmas provas em 14,9s, chegando aos 130 km/h. O primeiro, vale falar, tem tração traseira, enquanto o segundo aposta nas rodas motrizes dianteiras.
Na autonomia, a diferença entre eles é pequena, mas existe: segundo o Inmetro (PBEV), o EX2 é capaz de percorrer 289 km com uma carga completa das baterias de 39,4 kWh de capacidade. Enquanto isso, o Dolphin Mini faz 280 km com 38 kWh. No Geely ainda há maior potência de recarga, de 70 kW, contra 40 do BYD.
Espaço interno e porta-malas
O Geely é maior, do tamanho de um Fiat Argo ou VW Polo, enquanto o Dolphin Mini se aproxima do porte de um Renault Kwid ou Fiat Mobi. Por essas e outras, o EX2 vence no espaço interno e porta-malas, com 2,65 m de entre-eixos e 375 litros de espaço para bagagens. No BYD são 2,50 m e 230 litros, diferenças gritantes ocasionadas pelos tamanhos distintos de carroceria entre os dois modelos.
Equipamentos de série
Constam em ambos os faróis full-LED, sensor crepuscular, retrovisores externos elétricos com aquecimento, vidros e travas elétricas, bancos em couro sintético, parassóis com espelho e iluminação para motorista e passageiro, iluminação interna em LED com acionamento touch, ar-condicionado digital, freio de mão eletromecânico com função Auto Hold, sistema de som com 4 alto-falantes, sensores de estacionamento traseiros, 6 airbags, painel de instrumentos digital, multimídia, piloto automático, chave presencial, partida por botão, seletor de modos de condução etc.

Nos itens exclusivos de cada um, a disputa fica acirrada. O Geely compensa com suspensões independentes nas quatro rodas, baú de 28 litros sob o banco traseiro, saídas de ar-condicionado traseiras, controle eletrônico de descidas (HDC), instrumentação maior (8,8”) e multimídia maior (14,6”), principalmente.

Já o Dolphin Mini sai na frente com rodas de liga-leve (aro 15), ajustes elétricos para o banco do motorista, ar-condicionado com função automática, carregador de celular sem fio, multimídia com rotação elétrica, GPS nativo, Android Auto e Apple CarPlay (sem fio), internet a bordo e ajuste de profundidade da coluna de direção. Parte desses equipamentos estão no EX2 Max, topo de linha, mas que já custa pelo menos R$ 135 mil…
Garantia e concessionárias

Os dois carros têm garantia de seis anos para uso pessoal, mas com uma diferença importante: no Geely há limitação de 150 mil km, enquanto no BYD ela é ilimitada. No caso das baterias, falamos de 8 anos ou 150 mil km no EX2, ao passo que o Dolphin Mini também oferece 8 anos, mas novamente sem limite de quilometragem. Em todos esses casos, vale ressaltar, falamos de uso não-comercial.

Concessionárias? A BYD sai na frente, até porque já está no país há mais tempo. São 200 lojas em território nacional, ou quase 10 vezes mais que a Geely, que planeja ter 23 revendas abertas até o final desse ano de 2025.
























