A General Motors teve um trimestre forte nos EUA, crescendo em um ritmo mais rápido do que a Toyota Motor, mas, de qualquer forma, as ações das duas companhias caíram na sessão desta terça-feira, 3, à medida que os investidores se concentram na alta dos rendimentos dos Treasuries e na greve organizada pelo United Auto Workers contra as três grandes montadoras de Detroit.

Nesta terça-feira, a GM divulgou que entregou 674.336 veículos no terceiro trimestre, um aumento de cerca de 21% em relação ao ano anterior. A empresa colocou no mercado mais de 20.000 carros elétricos, um aumento de 33% no comparativo anual.

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A GM começou a entregar versões totalmente elétricas do SUV Chevy Blazer e da picape Chevy Silverado. Isso fez com que seis modelos totalmente elétricos da empresa já estejam disponíveis no mercado: Blazer, Silverado, Cadillac Lyriq, GMC Hummer, Chevy Bolt e a van para entregas Bright Drop.

Tudo isso deveria ser suficiente para manter a GM em segundo lugar em vendas de carros elétricos nos EUA, ainda que a companhia esteja muito atrás da Tesla. A Tesla provavelmente entregou mais de 160 mil veículos nos EUA no terceiro trimestre. Os números finais, provenientes de fontes da indústria, estarão disponíveis em cerca de uma semana.

Vender mais carros não só significa melhores margens, como também é um sinal de que a estratégia da GM está ganhando força. A GM quer alcançar a Tesla oferecendo mais modelos em mais segmentos do mercado automotivo.

Ainda assim, as ações da GM caíram 2,02% no pregão desta terça-feira, enquanto o S&P 500 e o Dow Jones Industrial Average caíram 1,37% e 1,29%, respectivamente.

A Toyota, por sua vez, divulgou suas vendas de setembro, o que levou o número do terceiro trimestre para 590.000 veículos. Isso representa um crescimento anual de cerca de 12%, bem atrás da alta de 21% da GM.

A empresa entregou cerca de 4.000 veículos totalmente elétricos no terceiro trimestre, evidenciando que o seu foco é em modelos híbridos, ao invés de elétricos. A Toyota vendeu cerca de 181 mil híbridos no terceiro trimestre, um aumento de cerca de 62% em relação ao ano anterior.

As ações da Toyota, que não está na mira da greve do UAW, caíram 2,70% na sessão, sinalizando que os ativos do setor automotivo estão recuando, principalmente, por causa da fraqueza do mercado geral, e não por problemas dentro da indústria.