Aparentemente, o Golf bluee- motion é um carro elétrico convencional. De fato, tecnicamente não há muitas novidades em relação a outros modelos já avaliados nesta seção. Baterias de íons de lítio sob o porta-malas acumulam a eletricidade obtida em uma tomada de 220 V, que dá energia ao motor elétrico de 115 cv. A transmissão do torque de 27,5 kgfm é direta e, por isso, o câmbio tem só uma marcha. Nas frenagens, a energia cinética é recuperada e carrega as baterias. Até aí, nenhuma inovação.

A recarga pode ser feitapor dois plugues (no alto), o motor elétrico é dianteiro (acima) e as baterias ficam sob o assoalho (abaixo)

Durante a avaliação do modelo em Wolfsburg, na Alemanha, notamos que o protótipo reserva algumas surpresas. A mais importante é a possibilidade de o condutor administrar a recuperação de energia. As borboletas atrás do volante, normalmente para trocas de marchas, aqui selecionam quatro níveis de recuperação. Quanto maior o ajuste escolhido, maior é a intensidade da frenagem ao tirar o pé do acelerador e, consequentemente, da energia enviada para as baterias. Na cidade, há a opção de deixar a alavanca de câmbio na posição B: quando se tira o pé do acelerador, ele freia sozinho. E, nesse caso, o consumo cai bastante.

Outra surpresa agradável está no desempenho. O Golf blue-e-motion atinge 100 km/h em 11s8 e chega a 135 km/h. Além disso, seu torque sempre disponível garante retomadas vigorosas, mesmo com quatro pessoas a bordo. Atualmente, a autonomia é de até 150 km, mas a marca diz que, quando for lançado, em 2013,ele deverá ter baterias mais modernas e maior autonomia. No teste, fizemos média de 6,6 km/Kw: segundo o funcionário da Volks, um custo de 3 euros (cerca de R$ 7) a cada 100 km rodados.