O governo federal pretende fazer a ampliação gradual do percentual de etanol na gasolina, dos atuais 27,5%, para 30%, em 2022, e 40%, em 2030. A informação consta no decreto de regulamentação da Política Nacional de Biocombustível (RenovaBio), sancionada em dezembro passado e que prevê o aumento na participação de combustíveis mais limpos, como o etanol, aponta o jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a reportagem, diferente do que se poderia esperar, estimativas apontam que a gasolina ficaria até R$ 0,06 por litro mais cara até 2030, devido às mudanças nas regras de tributação e ao aumento nos custos de produção da gasolina com mais etanol.

O governo aguarda nesta semana os cálculos finais do Ministério da Fazenda para bater o martelo sobre os novos percentuais. Caso a mudança seja aprovada, os novos índices de etanol deixariam a gasolina disponível ao consumidor ainda mais distante do combustível usado pelos fabricantes na homologação de veículos no mercado nacional, que leva 22% de álcool anidro.

Nos veículos flex, o reflexo mais direto seria o aumento no consumo de combustível, enquanto nos mais antigos (ou naqueles movidos apenas a gasolina) o reflexo dos 40% de etanol são as falhas no funcionamento do motor e a corrosão de componentes que entrem em contato com o combustível.