Poucas competições no Brasil despertam tanto a atenção do público como o Itaipava GT Brasil. Os carros são as grandes estrelas do show. Lamborghini, Ferrari, Porsche, Maserati, Ford GT, Viper e Corvette são apenas alguns modelos que protagonizam o evento.

No Brasil desde 2007, a modalidade chega a sua quinta temporada, com a primeira corrida agendada para o dia 10 de abril. Serão dez etapas que passam por São Paulo, Curitiba, Londrina, Campo Grande, Rio de Janeiro, Santa Cruz do Sul e até Buenos Aires, na Argentina (que poderá dar à disputa status de campeonato sulamericano). A categoria terá todas as provas transmitidas ao vivo pela TV Bandeirantes e serão reprisadas pela ESPN Brasil e pelo canal Speed Channel.

Acima, Antônio Hermann (de laranja) um dos responsáveis pela entrada da categoria no Brasil. Ao seu lado, o inglês Stéphane Ratel, da SRO, dona da categoria, presente em países como França, Alemanha e Bélgica

O formato de competição da GT Brasil é bastante peculiar. Cada etapa tem 50 minutos e deve ter, pelo menos, um pit stop que, habitualmente, é feito para troca de pilotos. É comum as equipes terem um piloto profissional , a maioria atuante da Stock Car, como Antônio Pizzonia, Valdeno Brito e Daniel Serra e outro chamado de Gentleman Driver (piloto cavalheiro). Essa é a forma pomposa como são tratados os empresários que, em geral, são os investidores ou donos das equipes. De acordo com o ex-piloto Antônio Hermann, sócio da categoria, essa característica atende tanto quem pretende se profissionalizar como aqueles que buscam só a diversão.

No mesmo grid a competição é dividida em duas categorias: a GTBR3 e a GTBR4. Essa última, na verdade, é a herdeira da Copa Maserati que, desde o ano passado, foi fundida à GTBR3 para criar um grid maior e mais interessante. Por isso, a GTBR4 abriu possibilidade para outros carros que não fossem os Maserati, mas, mesmo assim, eles devem ser menos potentes ou limitados.

Essa fórmula de sucesso existe em diversos países, como Inglaterra, França, Holanda, Alemanha e Bélgica. Ela pertence ao grupo inglês, SRO de Stéphane Ratel, mas a iniciativa de trazer o campeonato para o País foi dos empresários Antônio Hermann e Walter Derani, que acabaram se associando ao grupo. De acordo com Hermann, o fato de ser uma competição de âmbito internacional deixa a modalidade mais viável. “Um carro que compete aqui pode ser vendido para diversos países que têm a categoria. Se colocar na ponta do lápis, correr de GT acaba sendo mais viável do que de Stock e outros campeonatos tsop do automobilismo”, afirma Hermann. “O investimento inicial é grande, mas a durabilidade do carro compensa”, conclui. Mesmo assim, o empresário não aceita revelar qual é o custo médio por prova.

Este ano a GT Brasil contará com novos carros, muito aguardados pelos fãs da competição como os novos Corvette Z06, Ferrari 458 e Maserati Gran Turismo. Que ronquem os motores!

Este ano, a temporada contará com novos e aguardados modelos como o Maserati Gran Turismo (à esquerda) e a Ferrari 458 Italia (acima)

JUNTO COM O GT BRASIL

Além dessa competição de carros dos sonhos, nos mesmos finais de semana do GT Brasil, são realizadas etapas da TNT Superbike (foto), uma categoria de motos de 1.000 cm3, e da nova Mercedes Grand Challenger, que, aliás, é uma das maiores novidades do evento para 2011. Trata-se de uma nova modalidade monomarca que utilizará os modelos C250 CGi adaptados para competição. O bólido ainda não foi lançado, mas, de acordo com a organização do evento, os 30 carros que formarão o grid já foram encomendados. A competição estará presente em oito das dez etapas do Itaipava GT Brasil e será voltada para pilotos não profissionais, mas que também buscam muita velocidade e adrenalina.