Aqui você confere algumas das opções entre os carros elétricos mais vendidos do Brasil. Essa seleção faz parte da edição especial de elétricos e híbridos da MOTOR SHOW que está nas bancas — saiba mais aqui e confira mais reportagens da edição clicando aqui.

Nissan Leaf – R$ 293.707

Lançado em 2010, o Nissan Leaf chegou ao Brasil em 2019, na segunda geração e já foi eleito Compra do Ano 2020 na categoria. No ano passado, foi o carro elétrico mais vendido no país, com 439 unidades (contra 105 em 2020, quando o Audi e-tron liderou com 183 vendas).

De fora, o Leaf não chama muita atenção nas ruas. Ao entrar na cabine, apesar de estar em um carro “do futuro”, você procura o freio de mão e não acha… Nada de sistema eletrônico – ele é por pedal, acredite.

Além disso, não há ajuste de profundidade do volante e o acabamento é simples, embora haja itens como banco com ajuste elétrico, monitor de ponto cego, ACC, alerta de mudança de faixa e câmera 360o.

Mesmo sendo um hatch médio, ele é muito espaçoso – tanto o comprimento da carroceria quanto o espaço no interior da cabine lembram mais um sedã. Uma grande vantagem está no porta-malas de ótimos 435 litros, a mesma capacidade que tem um Nissan Kicks – e mais do que têm os hatches do comparativo desta edição.

Ao volante no Leaf, como na maioria dos carros elétricos, a agilidade impressiona, mesmo com “só” 149 cv – o que vale mais é o torque de 320 Nm. É um conjunto suficiente para acelerar de 0-100 km/h em 7,9 segundos, com retomadas e acelerações também empolgantes: mesmo a 50 km/h, se você pisar fundo, ele destraciona as rodas dianteiras.

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Durante nossos testes práticos, a melhor média de consumo, dentro da cidade e com trânsito livre, ficou em 8 km/kWh. Muito boa. Foi atingida no modo Eco com o sistema “E-Pedal” ativo, que deixa mais claro que o Leaf é elétrico, pois aumenta o “freio motor” – na verdade, a recuperação de energia pelo motor-gerador elétrico: o Leaf fica “amarradinho” para ser guiado com um pedal só, como já é tradição nos elétricos (reduz em até 80% o uso dos freios).

Há, ainda, o modo B do câmbio, mais recomendado em descidas ou reduzidas. A autonomia oficial é de 320 quilômetros, menor que a do Renault Zoe, mas dentro da média do mercado nesta faixa de preços.

O powertrain do Leaf mostra a base dos elétricos: conjunto de células da bateria debaixo do assoalho, ligado por um cabo de alta tensão ao motor-gerador elétrico. Alguns modelos tem um motor por eixo

Para descobrir a melhor combinação entre Eco, B e E-pedal leva-se um tempo. Qualquer que seja, frenagens súbitas dão sustos, pois a transição da recuperação de energia para a frenagem de verdade não é sempre clara ou imediata. O Leaf é principalmente urbano, mas chega a 144 km/h e pode encarar uma estrada. A 100 km/h, porém, não faz muito mais do que 6,5 km/kWh.

Apesar de supostamente estar próximo do fim de sua vida – informações não oficiais falam em uma transformação dessa segunda geração, que já tem cinco anos de vida, em um crossover-SUV–, olhando para o mercado o Leaf ainda tem uma boa relação custo-benefício, mesmo com alguns defeitos.

Motor: elétrico com ímãs permanentes (síncrono), dianteiro
Potência: 149 cv
Torque: 320 Nm
Dimensões: 4,480 m (c), 1,790 m (l), 1,565 m (a)
Entre-eixos: 2,700 m
Porta-malas: 435 litros
Bateria: 40 kWh
0-100 km/h: 7s9
Velocidade máxima: 144 km/h
Consumo cidade*: 8 km/kWh
Consumo estrada*: 6,5 km/kWh
Autonomia oficial: 320 km *teste MOTOR SHOW


VOLVO XC40: R$ 409.950

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Depois de liderar as vendas de carros híbridos plugáveis no Brasil em 2020, com expressivas 1.834 unidades emplacadas, o Volvo XC40 passou a ser vendido aqui apenas na versão 100% elétrica, batizada de Recharge Pure Electric. Leia aqui a nossa avaliação completa.

Além de representar a migração da marca, fortíssima em híbridos plug-in, para o “estágio seguinte” da evolução da eletrificação, o dos carros elétricos, o XC40 adotou o Android Automotive, ou Google Integrado, que incorpora melhor mapas e outros serviços, como assistente de voz, ao carro (mostra inclusive, com quanta carga você deve chegar ao destino, com base em informações do mapa). Para completar, o XC40 cedeu sua plataforma e abriu alas para o C40, primeiro Volvo que já nasceu puramente elétrico.

Nos Volvo elétricos, a estratégia é usar um motor por eixo: além de garantir mais potência, o carro vira 4×4 e a distribuição de peso é ainda melhor

Com dois motores elétricos, o SUV de luxo fez a marca sueca outra vez sair à frente de suas grandes rivais alemãs, Mercedes, Audi e BMW – as duas primeiras já tinham SUVs elétricos, porém de uma categoria maior, e a terceira está estreando no segmento de SUVs elétricos só agora, com o também maior iX, avaliado nesta edição. Muito silencioso, o XC40 elétrico tem 408 cv e 660 Nm, entregando um desempenho digno de carro esportivo, com 0-100 km/h em menos de cinco segundos.

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Motores: elétrico com ímãs permanentes (síncrono), um dianteiro e um traseiro
Potência: 408 cv
Torque: 660 Nm
Dimensões: 4,425 m (c), 1,863 m (l), 1,647 m (a)
Entre-eixos: 2,702 m
Porta-malas: 414 litros
Bateria: 78 kWh
0-100 km/h: 4s9
Vel. máxima: 180 km/h
Consumo cidade*: 4,5 km/kWh
Consumo estrada*: 4 km/kWh
Autonomia oficial: 418 km *teste MOTOR SHOW

VOLVO C40 – R$ 419.950

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Por R$ 10 mil a mais que o XC40, a versão cupê/crossover oferece a mesma mecânica e dirigibilidade, mas com um estilo mais na moda e um desempenho um pouco mais afiado (0-100 km/h em 4s7). Confira o teste completo dele clicando aqui


PORSCHE TAYCAN TURBO S: R$ 615.000

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O Taycan inicialmente seria o “911 elétrico”, mas acabou maior, com quase 5 metros de comprimento, quatro portas e quatro lugares. O valor listado acima é da versão com um motor, até 408 cv e 345 Nm e bateria de 79,2 kWh, com 0-100 km/h em 5s4 e até 450 quilômetros de autonomia.

Já a versão Turbo S, parte de R$ 1.079.000 e tem um motor em cada eixo, com 761 cv, 1049 Nm e bateria de 93,4 kWh, com 0-100 em 2,8 segundos e alcance similar. Confira a avaliação completa, com teste em pista, da versão topo de linha clicando aqui. 

Em uma configuração incomum, seu motor traseiro é acoplado a uma transmissão de duas velocidades. Embora tenha preços muito altos, o Taycan foi o segundo elétrico mais vendido do Brasil em 2021, com 279 unidades emplacadas – o que explicita bem como carros elétricos ainda são apenas para a elite. Quem diria que um carro a bateria seria tão bem aceito pelo “porscheiros”, normalmente tão puristas?

Motores: elétricos, ímãs permanentes, um dianteiro e um traseiro
Potência: até 731 cv
Torque: até 1.049 Nm
Dimensões: 4,963 m (c), 1,966 m (l), 1,378 m (a)
Entre-eixos: 2,900 m
Porta-malas: 366+81 litros
Bateria: 93,4 kWh
0-100 km/h: 2s8
Vel. máxima: 260 km/h
Consumo cidade: 3,6 km/kWh*
Consumo estrada: 3,4 km/kWh*
Autonomia oficial: 390 a 477 km

*Quattroruote


Audi e-tron Sportback: R$ 609.990

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O e-tron já chegou a liderar as vendas de elétricos no Brasil, mas sua vida ficou bem mais difícil com o aumento da concorrência – como o Porsche Taycan acima, cuja versão básica tem porte e potência similares (mas o Audi tem mais torque, pois traz um motor a mais na dianteira).

A versão da foto é a Sportback (leia a avaliação completa aqui), que mostra uma carroceria de SUV-cupê e tem preço a partir de R$ 639.990. Ainda há o S, com três motores, 503 cv e 973 Nm, e o excepcional cupê Audi RS e-tron GT (clique aqui para ler a avaliação completa).

Os destaques do e-tron são o espaço interno excepcional em todas as versões e o comportamento exemplar das suspensões com molas pneumáticas – além de controlar bem o carro nas curvas, fazem com que não pareça ser tão pesado.

Outro item do e-tron que chama a atenção são os retrovisores externos, opcionalmente trocados por câmeras. Embora não sejam exatamente melhores, dão um toque futurista.

Motores: elétricos, ímãs permanentes, um dianteiro e um traseiro
Potência: até 408 cv
Torque: até 664 Nm
Dimensões: 4,901 m (c), 1,935 m (l), 1,616 m (a)
Entre-eixos: 2,928 m
Porta-malas: 555+60 litros
Bateria: 95 kWh
0-100 km/h: 5s7
Vel. máxima: 200 km/h
Consumo cidade*: 6 km/kWh
Consumo estrada*: 4,5 km/kWh
Autonomia oficial: 446 km *teste MOTOR SHOW

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