15/08/2025 - 19:11
A GWM inaugurou sua fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo, nesta sexta-feira, 15. A planta, que era da Mercedes-Benz, se tornou a primeira unidade produtiva da chinesa nas Américas e no Hemisfério Sul, e a terceira fora da China com base completa de produção – as outras estão localizadas na Rússia e na Tailândia.
A fábrica engloba o investimento de R$ 10 bilhões, sendo R$ 4 bilhões até ano que vem, e R$ 6 bilhões de 2027 a 2032. O local deve atingir uma produção de 30 mil unidades por ano até o final de 2026, com capacidade para alcançar 50 mil unidades anuais nos próximos anos.
A estrutura possui área de soldagem, linha de pintura, linha de montagem, sistemas de fornecimento de energia e equipamentos, além de uma cadeia de suprimentos e logística integrada. São 1,2 milhão de m² de área total e 94 mil m² de área construída.
Atualmente, ao todo, são 600 trabalhadores. Até o final do ano, serão cerca de 1.000 empregos diretos gerados. Quando iniciar o processo de exportação de veículos para a América Latina, serão mais de 2.000 vagas geradas.
“Hoje foi o início da nossa montagem de série. Ela vai começar bem devagarzinho, se tudo funciona, de forma repetitiva e vamos ficar até 5 de setembro nesse ritmo. Em outubro, começamos a recrutar para o segundo turno. Depois, queremos atingir até 2.400 carros até dezembro”, afirmou Marcio Alfonso, diretor de produção.

Produtos
A produção nacional da Great Wall começa com todas as versões do Haval H6 já comercializada no país, além do SUV H9 e da picape Poer.
“Gradualmente, nós vamos substituir a importação pela produção local. Nós estamos começando uma fase de localização. Mais de 60 itens locais, os mais fundamentais, como pintura e vedação”, ressalta Alfonso.
Segundo a montadora, a produção inicial será no esquema que eles chamam de “peça por peça”, com componentes vindos da China e alguns periféricos nacionais, como pneus, bateria, entre outros. Trata-se de um processo mais complexo que o SKD e o CKD tradicional (com peças semidesmontadas ou completamente desmontadas). A meta é atingir 60% de nacionalização em 2026.
Atualmente, a GWM Brasil tem mais de 110 empresas cadastradas interessadas em fornecer componentes, das quais 18 já são fornecedores que estão participando da produção e desenvolvimento dos primeiros veículos, caso de empresas como: Basf, Bosch, Continental, Dupont e Goodyear.
“No futuro, queremos montar motor, bateria, inversores, módulos. Tudo Que a gente produz, estamos abrindo para fornecedores locais participarem com a gente.”
