A GWM vai inaugurar a sua fábrica no Brasil em 1º de maio deste ano em Iracemápolis (SP). Um modelo inédito que poderá sair da planta é o Haval H4. Trata-se de um SUV menor que o Haval H6, já comercializado pela marca.

“O primeiro produto, até pela mudança do imposto de importação, tem que ter volume e tirar a importação. Hoje, o Haval, seja o H6, com até uma versão diferente que estamos trabalhando, ou o H4, um pouco menor, são opções que temos hoje na prateleira”, afirma Ricardo Bastos, diretor de relações institucionais e governamentais da GWM Brasil, com exclusividade à Motor Show.

Eles devem sair com versões híbridas convencional e plug-in.

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Na fita métrica, o SUV menor tem 4,47 m de comprimento, 1,89 m de largura e 1,62 m de altura. Isso fica próximo a veículos como o Jeep Compass ou o Toyota Corolla Cross.

A motorização do Haval H4 deve seguir a configuração de entrada do irmão maior, o H6 HEV: 1.5 turbo de quatro cilindros, que desenvolve 171 cv de potência e 29 kgfm de torque, associado a um propulsor elétrico dianteiro com 136 cv e 25 kgfm. Ao todo, o conjunto desenvolve 243 cv e 54 kgfm.

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Mais lançamentos

Até 2025 serão lançados dez modelos. Uma picape média da Poer já foi confirmada e promete ser a primeira híbrida flex produzida no País. Ela faria a estreia junto com a planta paulista, mas os planos da montadora mudaram para os SUVs citados acima.

Picape Poer – Crédito: Divulgação

Mudanças com o programa Mover

O governo federal lançou em 30 de dezembro o “Mover”, programa nacional de mobilidade verde e inovação. Trata-se de uma nova fase do antigo Rota 2030, no qual vai contar com um incentivo fiscal de R$ 19 bilhões até 2028. Com a medida, o objetivo é ampliar a descarbonização da frota e estimular a produção de novas tecnologias, seja para carros de passeio, ônibus e caminhões.

Para a companhia, isso vai acelerar a produção no Brasil e provocou mudanças no planejamento.

“A GWM tem um plano de desenvolvimento de fornecedores. Agora (com o programa Mover), estamos revendo esse plano de forma positiva. Se eu estava prevendo a chegada de fornecedores em dois três anos, talvez eu consiga trazê-los em um ano ou dois.”

Investimento de R$ 10 bilhões em fábrica no Brasil

Planta da GWM em Iracemápolis (SP) – Crédito: Divulgação

A chinesa pretende realizar o aporte de R$ 10 bilhões no mercado brasileiro. Serão dois ciclos de investimento na sua fábrica em Iracemápolis (SP): cerca de R$ 4 bilhões de 2022 a 2025 e R$ 6 bilhões entre 2026 e 2032, com a expectativa de geração de 2 mil empregos diretos até 2025.

A planta no Estado de São Paulo terá um sistema de produção inteligente e capacidade de 100 mil veículos por ano, com expectativa de faturamento anual de R$ 30 bilhões até 2025.

Segundo a companhia, a chegada ao país representa a sua maior base de produção fora da China, com o objetivo de se tornar um centro de exportação para a América Latina. A fábrica brasileira será a quarta base completa de produção da montadora no mundo (e a primeira fora da Ásia), que inclui ainda as unidades operacionais na China, na Rússia e na Tailândia.