Demorou, mas a Mercedes voltou a sentir o gostinho de brigar por vitória na Fórmula 1. Lewis Hamilton cravou a volta mais rápida do Grande Prêmio de Cingapura, neste domingo, e ainda terminou em terceiro lugar, atrás apenas de Carlos Sainz e Lando Norris. O britânico poderia ter ido ainda melhor, mas deixou que seu companheiro de equipe, George Russell, que bateu na volta final, duelasse com os pilotos de Ferrari e McLaren. No entanto, o heptacampeão exaltou o trabalho da escuderia alemã.

“Nós arriscamos tudo neste fim de semana e optamos por um número diferente de pneus na classificação para ter a opção do que fizemos hoje. Senti que era uma corrida com duas paradas, mas acho que a equipe fez um trabalho incrível para nos levar de volta ao topo”, disse Hamilton.

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O pódio em Marina Bay fez Hamilton superar Fernando Alonso e assumir a terceira posição do mundial de pilotos, com 180 pontos, atrás apenas de Sérgio Pérez, com 223, e do líder Max Verstappen, com 374. O britânico admitiu que precisa melhorar na qualificação para voltar a brilhar.

“A qualificação é uma grande fraqueza para mim e fazer muitas mudanças no carro também. Fizemos uma grande mudança ontem e depois aprendemos a usar um carro totalmente novo novamente, por isso não foi particularmente agradável de dirigir, mas foi bom hoje. Portanto, definitivamente há vantagens nas coisas que mudamos. É apenas superar isso e descobrir como maximizar a qualificação. Assim que eu conseguir minha qualificação, estaremos bem”, disse.

O heptacampeão também falou sobre Russel, que bateu o carro na última volta. “É lamentável para o George, porque estávamos pressionando muito e os pneus estavam muito quentes. Mas eu sei que ele vai se recuperar. Ele foi fenomenal durante todo o fim de semana”, afirmou.

Russell estava pressionando Lando Norris nas voltas finais em uma tentativa de ameaçar a liderança de Sainz. Sem conseguir passar o carro da McLaren, perdeu o controle e acertou o muro. “Para ser honesto, não tenho palavras. Acho que estávamos a meio carro de vencer a corrida, se tivéssemos conseguido ultrapassar o Lando quando tive a oportunidade. E então, naquela última volta, não sei o que diabos aconteceu lá. Quer tenha sido uma falta de concentração, talvez frustração por saber que aquela oportunidade se foi, um erro de um ou dois centímetros acabou de colocar uma sombra sobre todo o fim de semana”, disse.

Ele ainda tentou explicar o sentimento por ter deixado escapar o terceiro lugar. “A equipe fez um trabalho incrível, o carro estava ótimo, a estratégia foi acertada, fomos agressivos, fomos ousados e foi emocionante, foi realmente emocionante lá fora e é de partir o coração estar aqui sem pontos. Definitivamente resume a temporada que estou tendo este ano”, afirmou.

Os pilotos voltam às pistas já no próximo final de semana para o Grande Prêmio do Japão, em Suzuka.