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Terceiro carro mais vendido do Brasil em 2018, o Ka não impressionou quem o viu na última reestilização, ocorrida no mês de julho. Os designers optaram por mexer apenas nos para-choques e na grade dianteira, além de criarem uma versão aventureira, a Free-Style, que só não foi chamada de SUV por um toque de bom senso do marketing. O importante é que o Ka mudou na essência e onde importa.

Sim, ele deveria ter um porta-malas maior que os 257 litros apresentados, sobretudo se comparado com o Yaris hatch, que chegou com 310 litros no bagageiro. Contudo a essência de um carro urbano não se resume a isso. O Ford manteve o bom motor 1.0 tricilíndrico na opção de entrada da gama, mas surpreendeu pela adoção do 1.5 Dragon, de três cilindros, que despeja 136 cv de potência. Assim, tornou-se o hatch compacto mais potente do Brasil, à frente até de modelos turbo, como o Polo Comfortline 200 TSI, que oferece 128 cv (com mais torque).

Outras cartadas inteligentes, e que mostram a atenção que a Ford tem dado às opiniões do consumidor, estão na adoção de um câmbio automático de seis marchas quando equipado com motor 1.5, com conversor de torque em vez do problemático PowerShift, automatizado de dupla embreagem, e da possibilidade de equipá-lo com o bom sistema multimídia Sync 3 desde a versão 1.0 SE Plus. Essa repaginada, aliada ao bom espaço interno e ao novo processo de produção, que deixou o Ka mais seguro em sua estrutura, foram suficientes para sua eleição na Compra do Ano.