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O Chevrolet Onix conquistou o título de carro mais vendido do Brasil depois de uma feroz disputa com o Fiat Palio. Mas este não é o seu principal concorrente, e sim o Hyundai HB20, eleito a Compra do Ano pela MOTOR SHOW. Maiores que o Palio, a dupla Onix-HB20 domina a categoria de hatches pequenos com 44,9% das vendas. Em 2015, o Onix emplacou 125.931 unidades e o HB20, 110.396. Por isso, reunimos o Chevrolet e o Hyundai para um duelo de campeões, colocando frente a frente duas versões 1.0 de preços e equipamentos similares, para que você conheça as diferenças e possa compará-los.

O Onix 1.0 LT básico custa R$ 43.250 e o HB20 1.0 Comfort Plus parte de R$ 42.595. E o Onix, mesmo mais caro, vem sem rádio! Um rádio AM/FM simples na linha de acessórios da Chevrolet sai por R$ 299. Para ter uma central multimídia compatível com a que vem de série no HB20 (que não tem tela touchscreen ou colorida, mas tem todas as funções de uma central mais completa, exceto o GPS), o Onix oferece o sistema MyLink opcional por R$ 2.000. Nesse caso, seu preço sobe para R$ 45.250 e ele se torna R$ 2.655 mais caro que seu concorrente coreano. Quanto às cores, o vermelho do Onix custa R$ 600, enquanto o bronze do HB20 sai por R$ 1.100. Fora o MyLink e as cores especiais, eles não têm nenhum outro opcional.

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Para equipá-los um pouco melhor, é preciso recorrer aos acessórios de cada marca (veja o quadro “Equipamentos”). Os faróis de neblina do Onix são R$ 400 mais baratos (R$ 1.300 contra R$ 1.700). Entretanto, só a Hyundai oferece sensor de estacionamento (R$ 415) e, se o consumidor optar por rodas de liga leve, o cliente do HB20 gastará bem menos, pois seus pneus originais (aro 15) vestem perfeitamente as rodas disponíveis (a mais barata custa R$ 2.152). Já a rede Chevrolet não vende rodas de liga leve aro 14 e o cliente teria que comprar não apenas as rodas aro 15 (R$ 2.900 pelo modelo mais barato) como também novos pneus para essa medida (R$ 915 o jogo).

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Outra vantagem do HB20 é que existe também rodas de liga leve aro 14 para os pneus da versão de entrada (R$ 2.213). Ainda nos equipamentos, o HB20 oferece de série quatro itens importantes não disponíveis no Onix: retrovisores elétricos, computador de bordo, isofix para cadeirinhas e sistema de partida a frio (que elimina o tanquinho de gasolina). Não há dúvidas de que a força de venda da General Motors é muito maior e que a confiança na marca Chevrolet também pesa bastante – daí o sucesso do Onix. Se ele não tem o mesmo nível de equipamento do HB20, por outro lado oferece atributos valorizados pelo consumidor brasileiro.

O primeiro deles é o espaço interno. Um tiquinho mais comprido, mais largo e mais alto do que seu competidor, o Onix acomoda cinco passageiros com mais conforto e, no banco de trás, possibilita até que se cruze a perna! Isso ocorre em função do porte do carro e também de um pequeno sacrifício (20 litros) na capacidade do porta-malas. Esse espaço interno e um certo despojamento também tornam o Onix mais agradável de dirigir quando se busca o conforto ao volante (às vezes, o HB20 parece ser um pouquinho claustrofóbico). Os bancos de ambos são macios, mas a escolha dos pneus perfil mais alto dão ao Chevrolet um rodar ainda mais suave (outra característica que agrada quem roda com a família).

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O barulho agudo do motor 3 cilindros do HB20 também pode soar um pouco estranho a ouvidos acostumados com o ronco convencional do bloco 4 cilindros do Onix. Além disso, não é todo mundo que prefere o desenho cheio de ângulos salientes do compacto da Hyundai. O modelo da Chevrolet consegue ser bonito e atual sem marcar tanto suas linhas. Todas essas características podem até não justificar o fato de o Onix vender mais que o HB20, mas certamente explicam porque o carro faz tanto sucesso. Por outro lado, o melhor nível de equipamentos e as vantagens técnicas embasam totalmente a vitória do Hyundai na Compra do Ano.

Seu motor tricilíndrico, por exemplo, oferece de forma mais eficiente a mesma potência com etanol e apenas 3 cavalos a menos com gasolina. Sua potência máxima é obtida com 300 giros a menos no motor e (mais importante) o torque semelhante também surge com menor esforço (700 giros a menos). Contando com duplo comando (variável na admissão), o motor do HB20 1.0 tem 12V (contra 8V do quadricilíndrico do Onix 1.0) e ganhou selo verde (nota A) na medição de consumo do Inmetro. O Chevrolet nem sequer participa (com gasolina, conseguimos 10,2 km/l na cidade e 12,5 km/l na estrada durante o test drive). Os números oficiais do HB20 apontam 12,5 km/l na cidade e 14,1 km/l na estrada.

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Em compensação, a aceleração do Onix é melhor, apesar de ele ser 20 quilos mais pesado – uma das vantagens do motor 8V. Como nossa avaliação por estrelas considera apenas os equipamentos de série e a eficiência energética medida pelo Inmetro, o Onix foi extremamente prejudicado nas notas de Multimídia e Consumo, mas esse é um “problema” que cabe à GM resolver. Se o MyLink fosse de série e o carro participasse do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular com uma nota C, por exemplo, sua média poderia subir de 1,6 para 2,1 estrelas. O HB20 conseguiu 2,3 estrelas.

As versões do Chevrolet Onix são as seguintes: 1.0 LS (R$ 38.999), 1.0 LT (R$ 43.250), 1.4 LT (R$ 45.690), 1.4 LTZ (R$ 51.790) e 1.4 Effect (R$ 51.590). O Hyundai HB20 tem seis versões: 1.0 Comfort (R$ 38.995). 1.0 Comfort Plus (R$ 42.595), 1.0 Comfort Style (R$ 46.345), 1.6 Comfort Plus (R$ 48.745), 1.6 Comfort Style (R$ 51.845) e 1.6 Premium Automático (R$ 59.445). Os dois modelos oferecem ainda opção de câmbio automático em mais duas versões cada: Onix 1.4 LTZ (R$ 5.400 a mais) e HB20 1.6 Comfort Plus e Comfort Style (R$ 4.000 a mais). Ele partem para a disputa de vendas em 2016 com um total de 15 versões – sete do Onix e oito do HB20.

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