Os carros mais vendidos são os melhores de sua categoria/preço? Na nova edição especial da MOTOR SHOW, respondemos a esta pergunta com quatro comparativos que analisam os carros de diferentes categorias – sempre o líder de vendas contra a melhor alternativa a ele. Porque, afinal, o que diz se um carro vai vender bem ou mal? Apenas suas qualidades?

Não, o sucesso de um carro depende de muita coisa. Tem carro que vende mais porque a marca tem mais concessionárias, fazendo dele a opção melhor, dependendo de onde se mora.

Em época de falta de componentes e fábricas paradas, tem o que vende mais simplesmente por estar disponível.

Tem o que faz sucesso pela boa-fama da marca. Tem o que vende mais porque tem bom preço. O que vende mais por ser mais caro ou proporcionar mais status.

Os que vendem muito porque são bonitos, esquisito, diferentes. E, outros, porque são discretos, caretas, comuns. Depende do segmento.

Há, portanto, diversos motivos diferentes para um carro fazer sucesso, e estar entre os mais vendidos não significa necessariamente que seja bom.

Falando nisso, o carro mais vendido do Brasil hoje, a picape Fiat Strada, não aparece nesse especial.

É um carro que já vendia bem antes, e vende melhor agora por total falta de rivais – por isso mesmo não achamos nenhum que tivesse chance em um duelo. Mesmo ela não sendo tão boa assim: o motor 1.3 fraco, a cabine é pobre… e ainda acaba de ganhar só uma estrela nos testes de colisão do Latin NCAP. Nada bom.

Então, vender bem não significa, necessariamente, que o carro é bom ou melhor do que os seus concorrentes. E isso não se aplica somente aos carros mais vendidos, mas também aos segmentos do mercado. Entre eles, o que o consumidor escolhe nem sempre é a melhor opção.

Hyundai HB20

A MOTOR SHOW já mostrou antes que, pelo mesmo valor, sedãs oferecem mais qualidade de rodagem, mais economia de combustível e mais espaço interno e no porta-malas do que os SUVs compactos – e ainda assim os “jipinhos” vendem mais, enquanto os clássicos sedãs estão em crise.

Exatamente por este motivo, não temos aqui um desafiante para o Corolla – sedã médio mais vendido e sem oponente com condições de brigar na faixa de R$ 150 mil a R$ 200 mil.

Com o fim da produção nacional do Civic, seu arquirrival, chegou o novo City, que “meio que” toma seu lugar. É ele que enfrenta o Chevrolet Onix Plus em um duelo do que podemos considerar as compras mais racionais na faixa de preço, para uso familiar, hoje.

Agora, se você curte a “aventura” de ter um SUV, colocamos o novo Honda HR-V, que já foi líder, para desafiar o campeão atual, Volkswagen T-Cross.

PreviousNext

E ainda temos uma disputa entre os SUVs do patamar acima: o Jeep Compass – que, por muito tempo, foi líder simplesmente pela falta de rivais de mesmo porte e preço – enfrenta o Chevrolet Equinox, que é maior e chega com preço bem competitivo do México.

Por fim, temos um embate entre os carros de entrada 1.0: o líder de vendas HB20, recém renovado, encara o Peugeot 208 (clique para ler)  com o motor Firefly da Fiat. E a edição não acaba aí. Boa leitura!

Flávio Silveira | Editor

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