Apesar de alguns pequenos retoques visuais, a grande novidade da Hilux 2009 está sob o capô. Trata-se do motor a gasolina que a marca volta a oferecer em sua linha, em apenas uma versão de carroceria, com cabine dupla e tração 4×2. O propulsor desloca 2,7 litros e gera 158 cv, suficientes para movimentar a picape com desenvoltura por trechos rodoviários. Seu torque de 24,5 kgfm aparece desde os baixos regimes e mostra-se vigoroso, mantendo rotações baixas quando se trafega em velocidades constantes, o que dá indícios de ser um veículo econômico. Mas a marca não divulga números de consumo.

Em desempenho, o novo motor agrada por ser suficientemente ágil e silencioso. Claro que não chega perto da força do diesel, mas é uma opção de excelente custo/benefício para quem quer uma Hilux e não pretende utilizá-la no fora-de-estrada. A diferença para a versão a diesel equivalente (que oferece a tração 4×4) é de cerca de R$ 24 mil. A única queixa fica por conta do sistema flex, que ainda não está disponível, mas que, segundo a marca, já está em desenvolvimento.

Esteticamente, a Hilux 2009 ficou mais parecida com as outras picapes da marca. A grade frontal ganhou a forma de um T e os faróis tiveram uma leve mudança no desenho. Na mecânica, além da versão a gasolina, a picape recebeu novidades também no sistema de freios, que ganharam mais eficiência e durabilidade. Os discos agora têm dimensões maiores e os dutos de lubrificação do sistema são novos. A suspensão traseira tem nova calibragem das molas para garantir conforto quando se circula com a caçamba vazia e em pisos irregulares.

Em relação aos itens de série, a versão SR a gasolina avaliada traz direção hidráulica com coluna ajustável em altura, banco do motorista com regulagem de altura, trio elétrico, ar-condicionado, CD com MP3, porta óculos, fechamento da caçamba com chave, banco traseiro rebatível, airbag duplo e freios com ABS. Pelo valor de R$ 79.600 é um carro interessante, já que entre suas principais concorrentes a única que oferece uma versão com esse combustível é a L200 Triton, que custa mais de R$ 109 mil (tem motor mais potente de 200 cv e câmbio automático). Mas a marca afirma que, inicialmente, 90% das vendas continuarão sendo das versões com motor a diesel.

O interior das fotos é o da picape top, que na geração 2009 teve a lista de itens encorpada. O modelo a gasolina (disponível na versão 4×2 e cabine dupla) não é tão recheado, mas é adequado ao seu preço. Oferece airbag duplo, freios ABS e CD com MP3

PAGUE CINCO LEVE SETE

A linha 2009 a SW4 recebeu as mesmas alterações visuais da picape.

Mas aqui a grande novidade não está na mecânica, mas no interior. O modelo SW4 conta agora com uma fileira extra de assentos que aumenta sua capacidade para sete passageiros. Quem vai atrás, nos bancos auxiliares, não dispõe de muito conforto: os joelhos ficam altos demais e não há espaço suficiente para adultos. De qualquer forma, a versatilidade é um ponto positivo. A lista de itens está mais recheada: ar-condicionado com controle individual para as duas fileiras traseiras, retrovisores externos com rebatimento elétrico e interno eletrocrômico, entre outros itens. Ao contrário da picape, a SW4 manteve seus preços inalterados.

Mas não recebeu a opção a gasolina. “É uma possibilidade”, afirmou Luiz Carlos de Andrade Junior, vice-presidente da Toyota Mercosul. Por enquanto, a única opção é o motor diesel 3.0 de 163 cv.