HONDA BIZ 125+ R$ 6.480

A adoção da injeção eletrônica está apenas começando nos segmentos populares da indústria motociclística, e agora chegou a vez da Honda Biz 125. Mesmo sendo um modelo de mecânica simples, a injeção PGM-FI adotada na Honda Biz é baseada no que há de mais avançado em termos de tecnologia (veja boxe). Esse equipamento a coloca no topo do segmento a que pertence e a torna ambientalmente correta em relação à legislação ambiental do próximo ano.

O motor da Honda Biz 125 é um monocilíndrico de quatro tempos refrigerado a ar de 124,9 cm3 com comando único no cabeçote (OHV) e duas válvulas. De funcionamento simples, tem 9,1 cv de potência e 1,06 kgfm de torque, números absolutos pequenos, mas que se traduzem em ótimo desempenho. São os mesmos valores da versão carburada, mas ocorrem 500 rpm mais abaixo, o que facilita muito a pilotagem. Afinal, além da praticidade, o que se espera dessas pequenas motocicletas é um baixíssimo consumo de combustível. A Honda declara uma melhora de cerca de 6,8% no consumo médio. A legislação ambiental, no entanto, quer ainda mais das motos a partir de 2009, quando entram em vigor novos limites de emissão. Isso significa que as motos, para cumprir as exigências, ou perderão potência ou o carburador. A Biz se enquadra no segundo caso.

São três as versões disponíveis, a KS, de menor preço (R$ 5.147), a ES, que tem partida elétrica (R$ 5.854) e a “top”, Biz+, que tem freio dianteiro a disco, rodas de liga leve e visual diferenciado (R$ 6.480). Uma das diferenças da Honda Biz 125+ em relação às outras duas é o painel de instrumentos, que incorpora hodômetro eletrônico e marcador digital de combustível (na ES e na KS o hodômetro é mecânico e o relógio de combustível, analógico).

Para todas as versões, as modificações da linha 2009 são, além da injeção eletrônica (que inclui uma luz de advertência no painel), um novo gancho no anteparo frontal, para pequenas cargas (sacolas, por exemplo), sistema shutter-key de travamento da ignição incorporado à chave (antes separado), e sistema push-cancel nos piscas, para facilitar seu desligamento depois de uma conversão. A Biz teve ainda o anteparo frontal aumentado lateralmente em alguns centímetros e o pedal do câmbio redesenhado.

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A Biz amarela é a mais simples. Acima, o indicador da injeção e, ao lado, as duas opções de painel, que mudam conforme o preço

A injeção PGM-FI

Para um motor simples, um sistema de injeção igualmente simples, porém moderno e eficiente. O limites de emissão de monóxido de carbono (CO), o mais perigoso dos poluentes (altamente tóxico), será de 2,0 g/km, e a nova Biz libera um terço desse valor, 0,731 g/km. De hidrocarbonetos livres (HC), o limite é 0,3 g/km, e a Biz está na metade, 146 g/km. O limite para os óxidos de nitrogênio (NOx) é de 0,15 g/km, e a Biz libera 0,037 g/km, um quarto do limite.

As alterações mecânicas foram a bomba elétrica dentro do tanque de gasolina e o corpo de borboleta acionado por cabo pelo acelerador, no qual fica incorporado o injetor eletrônico, que é comandado por sete sensores: o do virabrequim (que já existia anteriormente para determinar a faísca da vela de ignição); o de pressão no coletor de admissão; o da posição da borboleta do carburador; o da temperatura de óleo do motor; o da temperatura do ar admitido; o sensor de oxigênio e o sensor de inclinação da motocicleta. Todos adiantam, atrasam ou prolongam o tempo de injeção conforme as solicitações, com exceção do sensor de inclinação, que corta o sistema caso a moto passe de um determinado ângulo.

A Honda Biz tem catalisador de aço inoxidável rico em alumínio, diferente dos sistemas utilizados em automóveis, que trabalham com metais preciosos, como a prata. Um catalisador automotivo não seria possível, não apenas por ser caro e pesado, mas por não comportar o fluxo de gases do motor da moto, que trabalha em regimes de rotação muito altos. Mesmo com as alterações, a com injeção ficou cerca de 1,0 kg mais leve que a anterior.