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A Honda se apressou para lançar o Honda Civic 2020 ainda um pouco antes da estreia da nova geração do arquirrival Toyota Corolla, no fim do ano passado. O Civic chegou com as primeiras mudanças desde sua estreia no Brasil, mas ainda fica devendo o motor turbo nas demais versões que não a Touring.

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Lançado aqui em 2016 já como modelo 2017, nos dois ano-modelos seguintes o Civic de décima geração ganhou apenas equipamentos e opções diferentes de cor. Desta vez, as intervenções foram um pouco maiores, com adoção de um novo para-choque dianteiro, inéditas rodas aro 17 em quase toda a linha (exceto a versão Sport), monitor de pressão dos pneus em todas as versões e retoques no acabamento interno e externo. Boa parte das novidades, como as rodas, são as mesmas da linha 2019 do Civic vendido nos Estados Unidos. Os preços variam entre R$ 97.900 e R$ 134.900.

Com o fim da versão Sport manual, toda a linha passa a ter câmbio automático tipo CVT. Além dos retoques no visual e do aumento da oferta de itens de série em todas as versões, outra novidade foi a chegada da configuração LX. Ocupando o espaço da antiga Sport manual, ela traz praticamente o mesmo visual externo das mais caras, se diferenciando apenas pela ausência dos faróis de neblina. Por dentro, as diferenças são um pouco mais profundas: os bancos são de tecido e a central multimídia é mais simples, com tela de só 5” (a mesma que era usada no Civic Sport 2017).

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Já a esportivada (esportiva só no visual) Sport, de R$ 104.100, continua usando as mesmas rodas antigas (mas agora com acabamento escurecido). Ganhou, entretanto, acendimento automático de faróis e o sistema multimídia melhor, de 7”, que antes antes exclusivo do EXL e do Touring. Já a antiga versão básica EX, vendida por R$ 107.600, agora tem som com oito alto-falantes, bancos de couro e retrovisor interno eletrocrômico.

Na versão EXL (R$ 112.600), a lista de equipamentos foi reforçada com sensor de chuva e chave presencial, enquanto os passageiros que viajam no banco traseiro agora contam com saídas de ar-condicionado (bom em um país quente como o nosso). Topo de linha, a Touring (R$ 134.900) também ganhou saídas de ventilação traseiras, além de um sistema de som premium com 10 alto-falantes, carregador de celular por indução e banco do motorista com ajuste elétrico lombar.

Diferentemente do que houve com o modelo nos Estados Unidos, onde é um carro usado por clientes mais jovens, não foi desta vez que a Honda aplicou o sistema Sensing no Civic brasileiro – que inclui itens como controlador automático de velocidade adaptativo, farol alto automático e frenagem automática de emergência – mas por enquanto só está disponível por aqui no Accord (leia aqui).

Um problema para este Civic encarar rivais como o novo Corolla (leia aqui), e mesmo o Chevrolet Cruze (leia aqui), está na mecânica: as versões LX, EX e EXL mantêm o velho 2.0 flex de 155 cv (etanol), e só a Touring tem o 1.5 turbo de 173 cv (leia aqui a avaliação detalhada dele). Não que o aspirado seja ruim, mas contra rivais que estão evoluindo com motores turbo ou sistemas híbridos, pode não ser o suficiente. Nesta comparação, falta motor ao Civic. O 1.5 turbo deveria estar em toda a linha.


Ficha técnica:

Honda Civic 2.0 EXL CVT

Preço básico: R$ 97.900
Carro avaliado: R$ 134.900
Motor: quatro cilindros em linha 2.0, 16V, duplo comando variável
Cilindrada: 1997 cm³
Combustível: flex
Potência: 150 cv (g) e 155 cv a 6.300 rpm (e)
Torque: 19,3 kgfm a 4.700 rpm (g) e 19,5 kgfm a 4.800 rpm (e)
Câmbio: automatico CVT, sete marchas simuladas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e multilink (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,641 m (c), 1,799 m (l), 1,433 m (a)
Entre-eixos: 2,700 m
Pneus: 215/50 R17
Porta-malas: 519 litros
Tanque: 56 litros
Peso: 1.285 kg
0-100 km/h: n/d
Vel. máxima: n/d
Consumo cidade: 10,5 km/l (g) e 7,2 km/l (e)
Consumo estrada: 13 km/l (g) e 8,9 km/l (g)
Emissão de CO²: 116 g/km
Nota Inmetro: C
Classif. na categoria: B (Grande)