Apesar de NSX e Civic Si serem os sonhos de consumo do estande da Honda no Salão do Automóvel, o HR-V é quem acaba roubanado a cena. O lançamento mais aguardado da Honda chega às concessionárias em março focando  um  “vazio” de mercado entre as versões mais caras de EcoSport e cia. (na faixa dos R$ 75.000) e o segmento logo acima (Mitsubishi ASX, Fiat Freemont e o próprio Honda CR-V, entre outros). Um  vazio que, com a chegada quase concomitante de Renegade, 2008 e cia., não continuará tão vazio assim. Na realidade, apesar de ser concorrente desses outros SUVs compactos, a Honda está apostando na qualidade do acabamento e na  lista de equipamentos para justificar um  HR-V com preços mais altos. 

Enquanto a versão do HR-V para o mercado japonês (onde é chamado Vezel) tem motor 1.5 com injeção direta, o nosso será lançado apenas com o 1.8 flex do Civic (até 140 cv), mas pela primeira vez associado à uma transmissão automática do tipo CVT (ou manual de seis velocidades). Deve ser  um carro bom de dirigir, mas não promete muita esportividade. A tração é sempre dianteira, o que deixa  claro que o carro não tem pretensões aventureiras. Como muitos outros, é um SUV urbano, que serve também para encarar uma estradinha de terra ou uma valeta com mais tranquilidade. Pena que o modelo nacional, exposto no  Salão, ainda “não tenha” interior (está fechado e com vidros escuros).