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Devido ao sucesso do HR-V, que dominou o mercado de SUVs e disputa carro a carro a liderança com o Jeep Compass, a Honda decidiu fazer um carro intermediário. Assim, o WR-V nasceu para ser um meio termo entre o Fit e o HR-V. O resultado foi bom, pois o WR-V é bonito, é compacto (menor que o HR-V) e baseia-se no Fit, um dos carros de maior credibilidade no País.

Vende razoavelmente bem, mas poderia um sucesso maior se o preço não viesse meio salgado. A versão de entrada sai de fábrica com ar-condicionado, airbags laterais, luzes diurnas de LED, faróis de neblina, fixação isofix para assentos infantis, piloto automático, rack de teto, rodas de liga leve de 16”, sistema multimídia com tela de 5” e câmera de ré, volante multifuncional de couro e ajuste de altura e profundidade, além da opção do revestimento interno em preto e laranja ou preto e prata. Já a versão de topo EXL (avaliada) custa R$ 5 mil a mais e acrescenta airbags de cortina, tela de 7”, navegador GPS e possibilidade de acesso à internet.

O Honda WR-V tem posição de dirigir elevada e ganhou pneus mais largos e de perfil mais alto do que o Fit. A direção é muito leve. Para completar a receita de um rodar mais macio e adequado a cidades com buracos e valetas nas ruas, a Honda introduziu buchas mais robustas, molas de SUV e amortecedores de maior diâmetro na suspensão dianteira. Na traseira, o eixo de torção foi enrijecido. Conforto e praticidade fazem a diferença no WR-V, pois seu desempenho é um pouco comedido. Boa mesmo é a versatilidade herdada do Fit, com bancos configuráveis de várias maneiras (inclusive para se transformar numa cama). Pena que o porta-malas tenha apenas 363 litros.

O motor de 115/116 cv é compatível com o do Nissan Kicks, por exemplo. Não dá ao WR-V um desempenho brilhante, mas o bom câmbio CVT garante ao carro uma ótima nota de consumo. Em pista dupla com asfalto bom, o WR-V mostra suavidade, desde que o motorista mantenha o pé na metade do curso do acelerador – assim, o carro ganha velocidade sem ultrapassar 3.500 rpm e roda silenciosamente. Em estrada de pista única, nas ultrapassagens a transmissão CVT deixa o motor girar alto, acima de 4.000 rpm, e o ruído invade a cabine.


Ficha técnica:

Honda WR-V EXL

Preço versão EX 1.5: R$ 79.400
Preço versão EXL 1.5: R$ 83.400
Motor: 4 cilindros em linha 1.5, 16V, comando variável i-VTEC (variação de tempo e altura de abertura das válvulas)
Cilindrada: 1497 cm3
Combustível: flex
Potência: 115 cv a 6.000 rpm (g) e 116 cv a 6.000 rpm (e)
Torque: 15,2 kgfm a 4.800 rpm (g) e 15,3 kgfm a 4.800 rpm (e)
Câmbio: automático CVT (continuamente variável), modos Sport e Low (modo “reduzida”)
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e tambor (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,000 m (c), 1,734 m (l), 1,599 m (a)
Entre-eixos: 2,555 m
Pneus: 195/60 R16
Porta-malas: 363 litros (1.045 litros com os bancos rebatidos)
Tanque: 45 litros
Peso: 1.130 kg
0-100 km/h: 11s5 (e)*
Velocidade máxima: 175 km/h (estimada)
Consumo cidade: 11,7 km/l (g) e 8,1 km/l (e)
Consumo estrada: 12,4 km/l (g) e 8,8 km/l (e)
Emissão de CO2: 111 g/km
Nota do Inmetro: B
Classificação na categoria: A (Utilitário Esportivo Compacto)

*Medição MOTOR SHOW